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Estado de Minas

Zona do euro fecha acordo para ajudar Grécia, mas ainda teme contágio a outros países


postado em 21/07/2011 10:46 / atualizado em 21/07/2011 13:59

Angela Merkel ajudou a costurar o acordo(foto: AFP PHOTO / ERIC FEFERBERG)
Angela Merkel ajudou a costurar o acordo (foto: AFP PHOTO / ERIC FEFERBERG)
Os governos da zona do euro concordaram com um novo pacote de ajuda para a Grécia e em reestruturar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), segundo documento prévio do encontro de cúpula da zona do euro que ocorre nesta quinta-feira em Bruxelas. As mudanças preveem a redução dos encargos da dívida da Grécia, Portugal e Irlanda, por meio da redução da taxa de juro cobrada nos empréstimos concedidos pelo EFSF para 3,5%, dos atuais 5,5%, e ampliação da média de 7,5 anos para pelo menos 15 anos do vencimento dos empréstimos.

O EFSF terá ainda poder para recapitalizar os bancos por meio de empréstimos concedidos aos governos da zona do euro, incluindo aqueles que não tenham recorrido aos programas de socorro da linha, diz o documento. O EFSF também terá poder para intervir no mercado secundário de dívida da zona do euro, a partir da análise do Banco Central Europeu (BCE) e do aval unânime de países que participam do EFSF. O setor financeiro poderá escolher a partir de um menu como ajudar a financiar a dívida da Grécia nos próximos anos, incluindo troca de dívida, rolagem de dívida ou recompra, segundo o documento.

Contágio

O presidente da Comissão Europeia (braço executivo do bloco), José Manuel Barroso, disse que “ninguém deve ter ilusões: a situação é muito séria e requer resposta". "Caso contrário, as consequências negativas serão sentidas em todos os cantos da Europa e além”, afirmou.

A Grécia começou a receber seu primeiro pacote de resgate em maio do ano passado, mas a crise da dívida continua a minar a confiança nos mercados financeiros globais, e há analistas que colocam em xeque a própria sobrevivência do euro. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone com Merkel na terça-feira para enfatizar a importância da resolução da crise da dívida europeia para sustentar a recuperação econômica global.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) também pediu aos líderes europeus que tomem medidas "rápidas e decisivas" e afirmou que o adiamento de uma decisão poderá ser "altamente custoso" para a economia global.

Divergências

Apesar do consenso sobre a seriedade da situação e sobre a necessidade de um novo pacote de resgate para Atenas, há divisões entre os políticos quanto à melhor maneira de resolver a crise. "A situação é muito séria e requer resposta. Caso contrário, as consequências negativas serão sentidas em todos os cantos da Europa e além", disse José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia

Muitos acreditam que o resgate será um mero curativo, que não resolverá a essência do endividamento grego.  Atenas já vem implementando uma série de impopulares medidas de austeridade, incluindo cortes de gastos e aumentos de impostos, cujos resultados ainda são incertos.

Parte dos políticos e analistas europeus defende a reestruturação da dívida, adiando os pagamentos de vencimentos de curto prazo. A Alemanha defende uma solução nessa linha, em que investidores privados, em especial bancos de grande porte, participem da reestruturação.

Já o Banco Central Europeu se opõe com veemência à proposta alemã, argumentando que a reestruturação seria vista como um calote sob os olhos dos credores internacionais e das agências de classificação de risco, reduzindo a confiança externa sobre o euro.


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