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Estado de Minas

Crise em países desenvolvidos complica política de juros brasileira


postado em 19/07/2011 08:11 / atualizado em 19/07/2011 08:38

A persistência da inflação no primeiro semestre do ano forçará um novo aperto dos juros nesta semana pelo Banco Central (BC), que tenta demonstrar não ser leniente com o aumento de preços, mesmo diante de um cenário externo repleto de incertezas e riscos de crise em países desenvolvidos.

Economistas do mercado apostam em alta de mais 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros e aguardam uma sinalização: a taxa Selic vai estacionar em 12,50% ao ano ou haverá mais altas à frente? Em sua reunião, hoje e amanhã, o Comitê de

Política Monetária (Copom) tentará ancorar as expectativa de mercado, indicando que busca trazer o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação, de volta para o centro da meta no fim do ano que vem, ao mesmo tempo em que o governo luta para preservar fortes taxas de crescimento econômico.

Diante do impasse sobre o limite de endividamento dos Estados Unidos e incertezas sobre as dívidas de países europeus, analistas se dividem sobre a possibilidade de o BC - formal ou informalmente - deixar para 2013 a tarefa de entregar a inflação no centro da meta (4,5%), desde que o IPCA caminhe nesta direção. Tal discussão é permeada por preocupações com a arranhada reputação do BC, mas também com os impactos negativos dos juros altos sobre o crescimento, a taxa de câmbio e o custo da dívida pública. O risco de aumento da inadimplência também está no radar.

Dificuldades


O ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas avalia que dificilmente a meta de 4,5% será alcançada em 2012, ano em que o salário mínimo vai subir bastante, alimentando o consumo. Mas ele avalia que o temor de um descontrole inflacionário está se extinguindo. Ele não vê maiores problemas em a meta não ser atingida, desde que o IPCA mostre tendência de queda.

Uma eventual decisão de adiar para 2013 o objetivo de atingir o centro da meta de inflação poderia transmitir a ideia de maior tolerância com o aumento de preços pelo Banco Central.


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