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Estado de Minas

Alimentos elevam fatia do Centro-Oeste e Nordeste no valor da indústria nacional


postado em 29/06/2011 10:24

As regiões Norte e Sudeste foram as mais afetadas pela crise externa em 2009, analisa a Pesquisa Industrial Anual PIA-Empresa divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Isso porque não são lideradas pelas indústrias associadas a bens de consumo”, explicou à Agência Brasil o coordenador de Indústria do IBGE, Flávio Naghele.

No Norte brasileiro, predominam indústrias de bebidas, produtos de informática, equipamentos de transporte e eletroeletrônicos, além da indústria extrativa. No Sudeste, devido à elevada diversificação, a fabricação de alimentos é importante mas, no conjunto, as indústrias que tiveram desempenho negativo, em termos percentuais, acabaram preponderando. Entre elas, estão a indústria petroquímica, de fabricação de coque e derivados de petróleo.

Em termos regionais, a pesquisa do IBGE ressalta o ganho de participação dos estados que compõem as regiões Centro-Oeste e Nordeste, mais concentrados nas indústrias de produtos alimentícios, “que o mercado interno impulsionou pela manutenção do poder de compra”. São produtos voltados para o consumo, reiterou Naghele. “A gente observa que

essas indústrias alimentares se destacaram principalmente nos estados em que elas são preponderantes. Nos estados menores, em que a indústria é menos diversificada”.

A participação relativa da fabricação de produtos alimentícios alcançou 44,2% do total do valor da transformação industrial no Centro-Oeste brasileiro. Segundo o IBGE, isso reflete a expansão da fronteira agrícola e a maior presença das agroindústrias processadoras de soja e dos frigoríficos na região. O destaque é para os estados de Mato Grosso (55,2%), Mato Grosso do Sul (49,6%) e Goiás (40,4%). No Nordeste, a participação da indústria alimentícia atingiu 14,8%, com destaque para Alagoas, com 69,4%, seguido de Pernambuco (29,8%).

Na pesquisa referente a produto industrial (PIA-Produto), o IBGE destacou, no ano de 2009, o bom desempenho dos automóveis, tanto os de cilindrada inferior a 1.0, quanto os de maior cilindrada. Outros produtos vinculados ao consumo tiveram desempenho positivo naquele ano. Entre eles, estão cerveja, chope e carnes bovinas, que voltaram a figurar entre os dez principais.

O pesquisador do IBGE chamou a atenção para o fato de que, entre os 100 maiores produtos ou serviços industriais, houve avanço no ranking para os computadores pessoais portáteis (notebooks, laptops), cujas vendas atingiram naquele ano R$ 4,344 bilhões. “Todos eles ganharam em termos de valor das vendas, ao passo que nos computadores pessoais de mesa, a gente captou uma queda”. As vendas dos chamados desktops totalizaram R$ 3,030 bilhões em 2009.

No ranking dos dez produtos industriais que mais se destacaram em 2009, em termos de valor de vendas, a liderança foi mantida pelo óleo diesel, cujas vendas somaram R$ 48,7 bilhões, o que significou participação de 3,6% do total.


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