A reivindicação dos atuais usuários de cartão de crédito surtiram efeito – muitos reclamaram porque as novas regras desse meio de pagamento, que entraram em vigor em 1º de junho, só valem para os novos clientes. Para evitar uma pressão maior dos consumidores, as grandes redes bancárias, à exceção do Itaú Unibanco, resolveram se antecipar na aplicação do regulamento. As instituições teriam até junho de 2012 para colocar as mudanças em prática.
O Santander também adiantou os ajustes da nova regulamentação para os clientes. O banco entende que as mudanças melhoram o serviço e trazem mais transparência ao mercado. A instituição acrescentou que as novas regras devem ser bem divulgadas e os clientes orientados para que o serviço não cause transtorno e confusão. A Caixa Econômica Federal também garantiu aos usuários antigos a aplicação da regulamentação. Taxas extras serão cobradas apenas em cartões “diferenciados”.
O Itaú Unibanco justificou que o prazo estipulado pelo Banco Central (BC) será respeitado e o ajuste valerá para todos os cartões em circulação somente no ano que vem. A decisão de não estender o benefício a todos os clientes agora foi atribuída à necessidade de informar todas as modificações e tarifas alteradas.
Mudanças
A Resolução n.º 3.919 do Banco Central alterou as normas do setor. O BC determinou que o número de tarifas a serem cobradas da clientela, que chegava a 80, foi limitado a cinco. Além disso, as faturas terão de dar ampla visibilidade aos gastos, foi proibido o envio de cartões sem pedido do consumidor e elevado, de 10% para 15%, o valor mínimo da fatura a ser pago mensalmente – limite que aumentará para 20% em dezembro. As cinco tarifas autorizadas para cobrança no cartão são: anuidade, emissão de segunda via, saques de recursos, pagamento de contas e pedido emergencial de aumento no limite de crédito.
Cheque voador
O calote com cheques, que estava em níveis considerados baixos, voltou a subir. Em maio, segundo dados da Serasa Experian, quase 1,8 milhão foram devolvidos sem fundos – número 11,4% maior comparado a abril, quando 1,6 milhão não tinham como ser cobertos.