O empresariado mineiro comemorou nessa quinta-feira o Dia da Indústria, oficialmente instituído em 25 de maio de 1957 pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Na cerimônia, que reuniu nessa quinta dois mil convidados no Expominas, 36 empresários foram agraciados com a Medalha do Mérito Industrial. A indicação partiu dos sindicatos patronais de todo o estado. O título de industrial do ano foi concedido ao presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que esteve à frente da Fiemg entre os anos de 2002 e 2010.
“Para mim é um orgulho e uma honra muito grande receber este prêmio”, afirmou. “Estive na Fiemg por oito anos e tive um trabalho de muitas realizações, por isso me sinto muito honrado. Este evento é um estímulo para continuarmos trabalhando no desenvolvimento das empresas e indústrias do Brasil e de Minas e lutando para que o ambiente de negócios no Brasil possa melhorar sempre”, acrescentou.
Durante a solenidade, foi assinado convênio para implantação de um centro tecnológico voltado para a promoção de pesquisas no setor. O documento foi firmado entre a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DR/MG), a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“Este é o início de um grande projeto, que a CNI deve lançar nos próximos dias, de criação de centros tecnológicos em todo o Brasil”, afirmou Robson. A intenção é de que sejam implantados 27 centros semelhantes. “Esse acordo entre o governo e a Fiemg será o primeiro e fará com que a indústria brasileira tenha apoio para desenvolvimento de tecnologia e inovação e se torne cada vez mais competitiva”, acrescentou.
Inovação
O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, ressaltou a importância da iniciativa. “Esta sinergia entre a indústria mineira e o governo do estado proporcionará o desenvolvimento de soluções inovadoras, a difusão do conhecimento científico e tecnológico e a formação de profissionais para suprir as empresas mineiras de soluções tecnológicas essenciais à sua competitividade”, afirmou.
Na ocasião, o governador Antônio Anastasia acrescentou que a principal atuação do centro será nas áreas que agreguem mais valor aos produtos mineiros, alternativa para a superação da queda de produtividade vivida atualmente pela indústria. “Minas Gerais tem trabalhado à exaustão para garantir mais valor agregado aos seus produtos e diversificar a indústria mineira. Não queremos que haja essa queda”, ponderou. O governador ainda destacou a preocupação trazida pela escalada dos índices inflacionários. “É preocupante porque encarece os custos de produção e reduz o poder de compra, representando a soma de todos os males”, afirmou.
Atualmente a indústria é responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro que, em 2010, subiu 10,9%. Impulsionado pela área extrativa mineral, o PIB da indústria mineira registrou alta de 15,6%, acima da média nacional de 10,5%.