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Estado de Minas

Fiemg reduz estimativa de crescimento da produção em 2011


postado em 12/05/2011 06:00 / atualizado em 12/05/2011 06:23

A indústria mineira reduziu de 6,1% para 4,9% a taxa de crescimento da produção projetada para este ano, como resultado do freio imposto pelo encarecimento dos juros dos financiamentos de projetos nas fábricas e pelo dólar fraco. O desempenho da receita do setor prevista para 2011 só ficou a salvo de queda em decorrência da valorização das commodities agrícolas e minerais produzidas no estado – açúcar, café, minério de ferro e aço –, que têm forte peso na soma dos bens e serviços industriais produzidos no estado (o PIB industrial). A expectativa de aumento do faturamento subiu de 6,5% para 9,5%, na primeira revisão dos indicadores definidos para 2011 pela Federação das Indústrias de Minas (Fiemg). A instituição havia divulgado os números em dezembro do ano passado e avalia o curso das projeções ao fim de cada trimestre.

A revisão para baixo da performance da produção industrial de Minas é coerente com a redução do faturamento, do número de horas trabalhadas e do ritmo da capacidade instalada das unidades fabris em março, na comparação com fevereiro. Descontados os efeitos sazonais do carnaval e da safra de um mês para outro, a receita do setor caiu 7,27% em março, as horas trabalhadas diminuíram 6,13% e as fábricas passaram a rodar com 85,27% da sua capacidade de produção , ante 86,05% em fevereiro, conforme a Pesquisa Indicadores Industriais (Fiemg Index) apresentada nessa quarta-feira.

Os sinais são claramente de desaceleração da indústria, embora o desempenho do setor ainda tenha se mantido positivo de janeiro a março, na comparação com o primeiro trimestre de 2010, destaca Lincoln Gonçalves Fernandes, presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg. “Perdemos fôlego, como o restante do Brasil. O que incomoda agora é um país que começa a parar, em função de uma política de governo que afetou a produção e não o consumo, que deveria ser o alvo”, afirmou o industrial. O faturamento da indústria mineira cresceu 9,92% de janeiro a março.

Efeito "nefasto"

A taxa básica de juros (aquela que remunera os títulos do governo e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio) subiu de 11,75% para 12% ao ano em abril. Para Lincoln Gonçalves, o crédito mais caro teve efeito nefasto na indústria sem ter contido o consumo como se esperava. Na visão da Fiemg, o governo teria obtido melhor resultado se elevasse o compulsório dos bancos, enxugando a circulação de dinheiro na economia, o que teria mais efeito sobre o consumo e permitiria um aperto menor sobre os juros.

Dos 15 segmentos da indústria analisados pela Fiemg, 12 amargaram queda no faturamento de fevereiro para março, puxada pelos produtos de metal, essencialmente estruturas metálicas, que mostraram redução de 41,45%, e produtos químicos, influenciados pelo etanol e os fertilizantes, que recuaram 14,06%. A revisão para um faturamento 9,5% maior da indústria mineira em 2011, de fato, mascara o desempenho do setor, visto do ponto de vista da sua diversidade. Afinal, a influência do aumento das commodities se dá na mineração e na metalurgia, juntos responsáveis por 38,5% do PIB industrial mineiro.


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