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Estado de Minas

G-20 elabora regras de controle de países que provocam desequilíbrios


postado em 15/04/2011 12:44 / atualizado em 15/04/2011 13:57

Os países ricos e os emergentes agrupados no G-20 reunidos nesta sexta-feira para acertar regras de controle financeiro mútuo que permitam alertar sobre a possibilidade de crise no futuro conseguiram chegar um acordo sobre a forma de identificar os Estados que devem fazer mais esforços para enfrentar os grandes desequilíbrios econômicos mundiais.

"As discussões avançaram durante a madrugada desta sexta-feira e chegou-se a um acordo", afirmou a fonte antes do início da reunião formal dos ministros das Finanças e e diretores de bancos centrais do G-20, que mantiveram um jantar de trabalho em Washington.

O acordo fixa as pautas que permitem analisar a contribuição de cada Estado membro aos desequilíbrios do planeta, de acordo com uma série de indicadores selecionados em fevereiro pelo G-20, mas também graças às particularidades de cada país.

O G-20 também deve acertar uma lista de países que apresentam os desequilíbrios mais fortes e que precisam ser alvo de um exame mais severo, no segundo semestre do ano, mas sobre este aspecto ainda não há acordo. Segundo uma fonte da delegação americana, a lista poderá ser publicada nas próximas semanas.

Os líderes do G-20 devem se reunir em novembro, em Cannes (França), para fixar as recomendações de política econômica aos países designados, para que enfrentem seus desequilíbrios. A reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais dos principais países ricos e emergentes, à margem das assembleias de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), começou na noite de quinta-feira com uma análise de conjuntura da economia mundial, confrontada a novos desafios vinculados às revoltas do mundo árabe e à recente catástrofe que atingiu o Japão.

O diagnóstico pode ser similar ao estabelecido pelo FMI, em geral otimista, apesar da recente disparada dos preços do petróleo. O G-20 adotou em fevereiro em Paris um difícil compromisso arrancado in extremis da China sobre uma lista de indicadores para medir os desequilíbrios internos (déficit, endividamento, economia) e externos (balança de contas correntes).

Em Washington, os ministros devem estabelecer tetos para estes indicadores, que de qualquer modo não serão limítrofes em valores universais. Segundo um mecanismo que "pode parecer complexo e tecnocrático", de acordo com as palavras de um negociador, haverá "linhas diretrizes" adaptadas a cada país, analisadas levando-se em conta suas particularidades e que dirão quais nações apresentam desequilíbrios que merecem um exame mais detalhado.

Estas "linhas diretrizes" definidas e uma lista de países submetidos a este diagnóstico profundo darão lugar na cúpula do G-20 em Cannes (sul da França), em novembro, a recomendações de política econômica que tendem a acabar com estes desequilíbrios. Estados Unidos, Alemanha, China e Japão estão certamente nesta lista, segundo uma fonte próxima às negociações. Outros países podem se somar a ela.

Para vários observadores, este processo é uma maneira dissimulada de levar a China a modificar seu modelo econômico e apoiar mais sua demanda interna. As outras grandes potências, em primeiro lugar os Estados Unidos, acusam Pequim de manter sua moeda desvalorizada de forma artificial para impulsionar suas exportações e acumular excedentes, o que afeta seus sócios comerciais.

A questão da cotação de moedas e a reforma do sistema monetário internacional também será abordada. A França impulsiona a elaboração de um calendário para a integração da moeda chinesa às moedas que integram o ativo monetário do FMI junto ao dólar, ao euro, ao iene e à libra esterlina.


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