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Estado de Minas

Investimentos do Japão no exterior somam US$ 340 bilhões


postado em 16/03/2011 11:55 / atualizado em 16/03/2011 12:05

Pátio de carros queimados depois de sererm atingidos por um incêncio causado pelo tsunami no Japão. Empresas automobilísticas brasileiras temem ficar sem peças. (foto: NOBORU HASHIMOTO)
Pátio de carros queimados depois de sererm atingidos por um incêncio causado pelo tsunami no Japão. Empresas automobilísticas brasileiras temem ficar sem peças. (foto: NOBORU HASHIMOTO)

Os investimentos de varejo do Japão no exterior totalizam US$ 340 bilhões, com a maior parte das aplicações nos Estados Unidos na Austrália e no Brasil, segundo a CitiFX, uma divisão do Citigroup. Em nota, a CitiFX informou que o grande volume de investimentos de varejo nesses países - com US$ 120 bilhões nos EUA - mostra o "potencial impacto adverso" que o mercado de câmbio externo poderá sofrer caso os investidores japoneses reduzam suas posições estrangeiras para pagar pela reconstrução do país asiático.

Os custos dos danos provocados pelo terremoto de sexta-feira, que foi seguido por um tsunami, podem alcançar cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) japonês, de acordo com cálculos do Barclays Capital.

Brasil sem peças

Empresas de capital japonês que operam no Brasil, muitas delas dependentes de peças e insumos fornecidos pelas matrizes, ainda não conseguem avaliar o impacto da tragédia no Japão nos negócios locais, mas algumas já temem por dificuldades na produção. A Panasonic afirma que “os danos poderão ter algum efeito na produção de Manaus nos próximos meses, uma vez que muitos materiais utilizados vêm do Japão, especialmente para câmeras digitais, rádios para carros e TVs de plasma e LCD”. No entanto, acrescenta, é necessário mais tempo para analisar o impacto.

A maioria das empresas calcula ter estoques para manter a produção por dois a três meses, casos por exemplo das montadoras Honda (que recebe da matriz câmbio automático) e Toyota (motor e câmbio). A Toyota do Brasil manteve para a próxima terça-feira evento com a imprensa brasileira de apresentação do novo Corolla.

Segundo Mauricio Loureiro, presidente do Centro das Indústrias do Amazonas, as partes mais afetadas no Japão não comprometeram no todo as operações de negócios, pois há empresas que operam em outras áreas que não sofreram tanto com o terremoto. “Pelo que temos de informações algumas empresas suspenderam as operações, mas voltarão a operar em breve.” Ele lembra que empresas como a Sony não sofreram maiores danos “e é pouco provável que sofram algum revés, pois podem se abastecer de fábricas em outros países, como China e Malásia”.

Para consultores, qualquer diagnóstico neste momento envolve mais preocupação do que realidade. “O pânico nos mercados financeiros teve mais a ver com o temor do vazamento nuclear do que com o terremoto”, ressalta Marcelo Pereira, gestor da Tag Investimentos. Segundo ele, ninguém, nem o governo local, sabe o tamanho do problema e isso causa apreensão no mercado mundial. “O momento agora é de calma”, avisa.

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