(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GRANDE BH

Rede hoteleira sofre com falta de qualificação de trabalhadores


postado em 25/02/2011 06:42 / atualizado em 25/02/2011 07:38

Os recém-formados garçons Rosana Godói e Bento Madureira, de olho na Copa, já planejam novos cursos(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
Os recém-formados garçons Rosana Godói e Bento Madureira, de olho na Copa, já planejam novos cursos (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)

O segmento de hotelaria vai abrir cerca de 2 mil vagas de emprego nos próximos anos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até a Copa de 2014, serão inaugurados ao menos 20 hotéis na Grande BH, com investimento de mais de R$ 1 bilhão e capacidade para 4 mil apartamentos, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Minas Gerais (ABIH-MG). “E não temos profissionais qualificados para essa demanda. Deve começar uma guerra, com hotéis tirando os trabalhadores da concorrência”, afirma a presidente da ABIH-MG, Silvania Capanema.

Entre os profissionais mais demandados figuram cozinheiros, garçons, governantas, chefe de recepção, chefe de almoxarifado, maître de restaurante, gerente de alimentos e bebidas, de recepção, de hospedagem e concierges (profissional responsável por prestar assistência aos hóspedes). “As faculdades de turismo e hotelaria formaram muita gente para ser gerente, mas falta profissional de nível médio. Para atender à demanda da Copa, os candidatos já deveriam estar fazendo curso técnico desde o ano passado”, observa Silvania.

A Grande BH conta hoje com 232 hotéis e cerca de 6 mil profissionais responsáveis por 12 mil apartamentos. Em 2010, a ABIH e o Ministério do Turismo qualificaram 580 pessoas dentro dos estabelecimentos nos cargos de mensageiros, porteiros, recepcionistas, governança e gerência média. Neste ano, mais 600 pessoas serão qualificadas no programa Bom de Copa no segmento de gastronomia. A associação levou ainda 40 concierges às cidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, grutas da região metropolitada, museu Inhotim (Brumadinho) e outros museus de Belo Horizonte. “Esses profissionais passaram quatro sábados nesses lugares como se fossem turistas. Tinha gente que nunca havia visitado nem a Praça do Papa”, ressalta Silvania.

Oportunidade

Rosana Godói formou-se quinta-feira no curso de garçom do Senac. De olho na demanda do segmento hoteleiro, agora quer fazer o curso técnico de hotelaria e turismo e de barista. Ela quer ampliar o seu conhecimento de idiomas. Estuda inglês e pretende fazer francês e italiano. “Estou me qualificando. Acho que o segmento de hotel vai aumentar não só em função da Copa, mas pelo crescimento do nosso turismo”, afirma. Já Bento Madureira Neto foi bancário e comerciante. Optou por mudar de profissão e atuar no ramo da hotelaria. Ele também acaba de concluir o curso de garçom e vai fazer o de barista, barman e cozinheiro. “Quero ainda estudar espanhol ou inglês. Até 2013, vou estar qualificado em todas as áreas da hotelaria, que é um ramo que está crescendo muito”, diz.

Daniela Lana Matias de Almeida deixou o cargo de técnica em eletroencefalograma para investir no segmento da hotelaria. Ela está fazendo inicialmente o curso de cozinheira, mas pretende estudar inglês. “Em função da Copa do Mundo, deveremos ter muitas oportunidades”, prevê.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)