O Banco Central enviou comunicado nesta quinta-feira ao sistema financeiro, no qual avisa que vai antecipar o cronograma de implementação de regras prudenciais, recomendadas pelo Comitê de Basileia para Supervisão Bancária com vistas a melhorar a estrutura de capital dos bancos e de requerimentos de liquidez.
A principal recomendação é no sentido de as instituições financeiras reservarem cada vez mais capital próprio para fazer frente a eventuais crises financeiras, como a de 2008. Pelo acordo Basileia 2, de 2007, os bancos têm que dispor de pelo menos 11% do valor emprestado, como margem de segurança, e com o Basileia 3 o nível de liquidez deve subir um pouco mais, embora não haja definição exata de percentual.
A ideia é fazer com que as instituições brasileiras se adaptem mais facilmente ao reforço exigido na base de capital, como afirmou o chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central, Sérgio Odilon, pois “quanto antes começarmos, menos brusca será a implantação”.
Odilon lembrou, contudo, que os bancos brasileiros “estão em posição mais confortável de liquidez e de capital do que [os bancos] no resto do mundo”, em decorrência de regras prudenciais que permitiram ao país sair mais cedo, inclusive, da recente crise financeira. Mas, sempre é recomendável aperfeiçoar a capacidade de absorver choques do sistema financeiro para manter a estabilidade e promover o crescimento econômico sustentável, alertou.