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Estado de Minas

Operação entre Petrobras e CEF divide o governo


postado em 04/12/2008 07:45 / atualizado em 08/01/2010 03:59

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem, em audiência na Câmara dos Deputados, que o empréstimo de R$ 2 bilhões concedido pela Caixa à Petrobras é normal. Segundo ela, a estatal utilizou o recurso para pagar Imposto de Renda. Nesse ponto, bateu de frente com o chefe. Também ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou abertamente operação financeira. Segundo ele, a Petrobras “é tão poderosa que, ao ir à Caixa pegar dinheiro, obviamente que ela vai tirar dinheiro de uma pequena empresa, de uma consultoria, de uma empresa pequena da construção civil, do comércio”, disse em Brasília. Os dois, porém, concordaram em dois pontos: que a operação nada tem de ilegal e negaram que a estatal tenha problema de caixa.

Ao falar sobre a crise mundial, Dilma afirmou que o fim de ano do brasileiro vai ser feliz porque o povo é otimista e o governo federal vai manter todos os projetos de investimentos previstos até 2010, apesar da turbulência global. O recado parece ser mais uma tentativa oficial de estimular o consumo e minimizar os impactos da crise no país.

“Tenho certeza de que será feliz porque temos um povo que, graças a Deus, é otimista. E ser otimista, num momento de crise, é muito importante”, afirmou a ministra, apontada como provável candidata de Lula à sucessão presidencial. “Não podemos deixar que o medo nos vença, temos que perceber, com a cabeça fria, que o Brasil de hoje é diferente do Brasil de ontem, que nós temos os instrumentos para fazer frente a essa crise”, completou, destacando ainda que o governo “tem dinheiro suficiente” para ampliar o crédito para capital de giro das empresas. Segundo ela, o esforço será fazer com que o crédito seja repassado ao setor empresarial e tenha reflexos no consumo.

“Numa crise, você também tem o efeito pânico. A pessoa posterga o consumo e foge para a poupança, porque pensa: 'eu não sei o que vai acontecer, então vou guardar'. Só que, ao fazer isso, ela desencadeia uma reação que é negativa para a própria economia”, alertou.

Dilma também reafirmou que o governo vai manter os investimentos. “Essa é a grande mensagem para o Congresso: deixar claro que o governo vai fazer todos os investimentos previstos”, assegurou. Otimista, a ministra garantiu ainda que os investimentos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão ter um acréscimo de 26% até 2010, passando de R$ 474,8 bilhões para R$ 636,2 bilhões. (Com agências)


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