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Estado de Minas

Inauguração de siderúrgica no Rio é adiada


postado em 02/12/2008 09:05 / atualizado em 08/01/2010 03:59

Com a decisão da maior produtora alemã de aço, a ThyssenKrupp, de cortar US$ 1,3 bilhão em gastos em 2009, deve ficar para o final do ano que vem a inauguração da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), no pólo industrial da zona oeste do Rio. Pelo planejamento inicial, o funcionamento da siderúrgica deveria começar em março próximo.

Anunciado no fim de semana passado, na Alemanha, o corte feito pela ThyssenKrupp é o resultado mais drástico da constatação da empresa de que as vendas de aço cairão em conseqüência da redução da procura por parte da clientela -montadoras, empresas da construção civil e fabricantes de maquinários, especialmente.

No comunicado oficial, a siderúrgica não arrisca uma avaliação de quanto a comercialização do aço poderá cair em decorrência da crise que afeta a economia global. No Brasil, o reflexo maior do corte geral nos investimentos será sentido na CSA, megaprojeto siderúrgico às margens da baía de Sepetiba. Ali está sendo construído o maior complexo industrial, siderúrgico e portuário da América Latina, de acordo com as empresas associadas ao projeto.

A CSA é uma parceria entre a ThyssenKrupp e a Vale, orçada em R$ 13,5 bilhões, com financiamento de R$ 7,2 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O empreendimento emprega 22 mil pessoas.

Quando em operação, a CSA destinará 40% da produção de placas de aço fino para a indústria automobilística alemã. Os restantes 60% seguirão para o mercado norte-americano, segundo a ThyssenKrupp. Apesar dos cortes no investimento global da siderúrgica, o orçamento da CSA foi aumentado em 1,5 bilhão, pois o negócio tem potencial lucrativo expressivo, de acordo com avaliação da empresa alemã.

Neste ano, conforme o comunicado, a ThyssenKrupp teve lucro líquido de 3,13 bilhões, até 30 de setembro de 2008, quando encerrou seu ano fiscal -menos 6% em relação ao mesmo período de 2007.

No Brasil, o mercado produtor de aço sofre reflexos expressivos com a crise. A Gerdau já anunciou que reduzirá a produção, mas não estimou em quanto. A empresa divulgou também que reverá o cronograma de aplicação de recursos entre este ano e 2010, mas, por enquanto, manterá em US$ 6,4 bilhões a quantia fixada para investimentos no período.

Tão afetada pela crise quanto as empresas do setor, a Usiminas, para reduzir custos, antecipou a manutenção do alto-forno dois da usina Intendente Câmara, em Ipatinga (MG). A manutenção deveria ocorrer em junho de 2009. O planejamento da Usiminas prevê a redução da produção de ferro-gusa em 300 mil toneladas -3% da capacidade anual. A Arcelor Tubarão também antecipou a manutenção de alto forno.

Pioneira da siderurgia nacional, a CSN, em Volta Redonda (RJ), ainda mantém os investimentos previstos, embora no terceiro trimestre deste ano tenha registrado lucro de R$ 40 milhões, considerado pouco expressivo por especialistas.


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