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Estado de Minas

Bovespa segue em queda de mais de 6%


postado em 24/10/2008 13:23 / atualizado em 08/01/2010 04:09

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mantém o ritmo de fortes perdas nesta sexta-feira. Investidores estão nervosos com a perspectiva de uma recessão das economias centrais. Hoje, essa percepção foi reforçada pela notícia de que o Reino Unido registrou a primeira queda do PIB em 16 anos. Para deter a escalada do câmbio em novo momento de estresse, o BC já entrou no mercado vendendo moeda.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recua 6,44% para os 31.639 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,36 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 3,71%. Na Europa, a Bolsa londrina cai 7,37%, enquanto o mercado francês sofre perdas de 6,45% e a Bolsa alemã amarga retração de 7,11%.

O dólar comercial é cotado a R$ 2,334 na venda, em alta de 1,25% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 671 pontos, número 2,13% acima da pontuação anterior.

Por volta das 10h53, o Banco Central vendeu moeda, à taxa de R$ 2,3500, com queima de reservas. Nessa operação, o BC não informa o total negociado. Pouco depois, às 11h15, o banco entrou com um leilão de contratos de "swap" cambial, em que vendeu contratos no valor de US$ 1,7 bilhão, com vencimento em dezembro de 2008 e fevereiro de 2009. Esse tipo de contrato oferece proteção aos investidores contra a alta da moeda e, portanto, tende a diminuir as pressões sobre a cotação. Outro leilão de "swap" está previsto para o início da tarde.

Recessão

A perspectiva de uma recessão global assombra os mercados há meses. Hoje, investidores e analistas tiveram essa percepção reforçada pela notícia de que o Reino Unido registrou no terceiro trimestre uma queda de 0,5%, primeira queda em 16 anos. O próprio primeiro-ministro Gordon Brown, já havia alertado nesta semana sobre a possibilidade de uma recessão no Reino Unido. Ontem, o ex-presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Alan Greenspan, alertou que os Estados Unidos estão no meio de "um tsunami creditício", e que a turbulência financeira o deixou "em um estado de estupor". Empresas.

A temporada de divulgação dos balanços trimestrais é, hoje, uma das principais fontes de estresse no mercado. A cada número divulgado, os investidores e analistas vêem reforçado ou amenizado seu pessimismo quanto ao ritmo de desaceleração econômica mundial. Nessa quinta-feira, a americana Xerox revelou lucro líquido de US$ 229 milhões no acumulado de nove meses do ano, resultado 70% abaixo do registrado em idêntico período de 2007. No front doméstico, a Vale do Rio Doce surpreendeu e anunciou lucro de R$ 12,433 bilhões no terceiro trimestre de 2008, um incremento de 167% sobre o resultado para o mesmo período no ano passado. Além dos ganhos operacionais, a desvalorização do real ante o dólar também colaborou para o resultado positivo. Segundo a mineradora, esse efeito contribuiu para elevar o ganho no trimestre em R$ 2,849 bilhões.


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