
O software da urna, desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi adaptado para a língua falada pelos povos originários que habitam a região, a fim de melhorar a interação entre o eleitor e o equipamento.
A urna teve o registro de candidatos fictícios, que eram representados por frutas e animais da Região Amazônica.
As traduções foram realizadas por alunos indígenas bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), que integra o curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Campus de Oiapoque da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O processo de tradução passou pela análise dos alunos em busca de um consenso para estabelecer palavras comuns entre as etnias da região.
Na Região Oiapoque vivem 3.686 eleitores indígenas, que estão distribuídos em cinco aldeias.
“O eleitor indígena precisa saber que o voto dele importa, e que a Justiça Eleitoral se preocupa com a sua compreensão sobre o processo eleitoral”, disse o presidente do Regional amapaense, desembargador João Guilherme Lages.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.