(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Influenciadoras que entregaram banana a criança negra tem perfis bloqueados

Decisão foi tomada pela Justiça do Rio de Janeiro; Kérollen e Nancy somavam 17 milhões de seguidores em suas redes sociais


14/06/2023 11:03 - atualizado 14/06/2023 13:24
1156

Kérollen e Nancy
(foto: Reprodução)
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça do Rio de Janeiro determinou que as influenciadoras Nancy Gonçalves e Kérollen Cunha tenham seus perfis suspensos das redes sociais. As duas são investigadas por crime de racismo após terem presenteado crianças negras com um macaco de pelúcia e uma banana, filmando suas reações.

 

Segundo a decisão da juíza Juliana Cardoso Monteiro de Barros, fica determinado o bloqueio dos perfis de mãe e filha pelo prazo de seis meses, no YouTube, no Instagram e no TikTok, com multa diária de R$ 5 mil caso descumpram a pena ou criem novas páginas. Além disso, elas precisam remover todos os vídeos que violem os direitos de crianças e adolescentes.

 

"As redes sociais das requeridas nas plataformas YouTube, Instagram e TikTok somam cerca de 14 milhões de seguidores, o que fez com que as publicações tivessem ampla repercussão", reforça a juíza.

 

 

"Frise-se ainda que a ampla repercussão e disseminação das publicações podem ter sido 'monetizadas', trazendo além da grande visibilidade, lucros financeiros às requeridas às custas de situações que afrontam direitos fundamentais, tais como a dignidade da pessoa humana", disse Juliana Cardoso Monteiro de Barros, juíza substituta da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo.

 

Kérollen e Nancy são mãe e filha. No final do mês de maio, compartilharam um vídeo no TikTok em que aparecem entregando um macaco de pelúcia e uma banana a crianças negras.

 

Após repercussão negativa nas redes sociais, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) instaurou um inquérito para apurar crime de racismo.

 

 

As redes sociais de Kérrolen e Nancy passaram a ser alvo de apuração do Ministério Público quanto a possíveis infrações contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por exporem menores a situações humilhantes.

 

Críticos apontaram racismo recreativo. A advogada Fayda Belo classificou o episódio como "monstruosidade", e uma "discriminação perversa".

"Como se fosse piada, mas não é piada não. O nome disso é racismo recreativo. Usar da discriminação contra pessoas negras com o intuito de diversão, de descontração, de recreação, agora é crime."

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)