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Estado de Minas Novidades na cozinha

Restaurante itinerante é inaugurado em BH com cardápio dedicado aos frutos do mar

Nesta primeira temporada, a proposta do Cozinha Nomad é fazer com que os belo-horizontinos se sintam na praia


22/11/2020 04:00 - atualizado 23/11/2020 10:40

Uma das entradas mais refrescantes, pensada para o verão, é o vinagrete de lula com manga e chips de arroz(foto: Victor Schwaner/Divulgação)
Uma das entradas mais refrescantes, pensada para o verão, é o vinagrete de lula com manga e chips de arroz (foto: Victor Schwaner/Divulgação)

Não é só a comida, vale pela experiência. Jorge Ferreira tem razão quando fala do Cozinha Nomad. O restaurante itinerante, que iniciou seu tour pela capital mineira, onde fica até o fim de dezembro, quer que os belo-horizontinos se sintam na praia, mesmo longe do litoral. “É como se você estivesse sentado na areia e alguém passasse vendendo empada ou espetinho de camarão”, comenta o chef paulistano, que pela primeira vez tem uma cozinha para chamar de sua.
 
O ponto escolhido para inaugurar o projeto, do grupo naSala, é uma casa no Bairro Belvedere, onde funcionava o restaurante Villa Roberti. A decoração ajuda a entrar no clima de praia: redes de pescador no teto, peixes de verdade em aquários em cima das mesas e uma projeção na parede de pedra que reproduz o movimento das ondas do mar. Para completar, um cardápio dedicado aos frutos do mar.
 
A experiência pode começar com uma porção de empadas praianas de camarão ou lagosta. Outra sugestão para se sentir de frente para o mar é pedir o espetinho de camarão, servido com maionese picante e limão. O pastel de bobó de camarão também nos transporta para o litoral. Quem prefere uma entrada mais refrescante tem a opção de pedir o vinagrete de lula com manga e chips de arroz, carpaccio de peixe com cesta de pães e ceviche de peixe com caju e chips de batata-doce.
 
Um dos pratos mais vendidos até agora é uma explosão de sabores do mar. Lula, polvo e camarão são acompanhados de um intenso molho de moqueca, feito com pimentão, cebola, tomate e azeite de dendê. Para completar, arroz de coco cremoso, que tem um leve adocidado (do açúcar natural do coco fresco), e uma farofa crocante de amendoim. “É um prato leve, muito aromático e que mistura texturas diferentes dos frutos do mar. Você tem várias sensações ao mesmo tempo.”
 
Para o chef Jorge Ferreira, comandar um restaurante temporário é uma oportunidade de aprender mais e se superar(foto: Glaucimara Castro/Divulgação)
Para o chef Jorge Ferreira, comandar um restaurante temporário é uma oportunidade de aprender mais e se superar (foto: Glaucimara Castro/Divulgação)
 
O cardápio ainda conta com atum selado com creme de couve-flor, polvo com batata-doce, tomates frescos, azeitona e ervilha-torta salteados e lagosta à Thermidor, um clássico da cozinha francesa, em que o ingrediente principal aparece gratinado. “Lagosta é um produto muito nobre e, se bem trabalhado, fica extremamente delicioso e tem um apelo visual interessante.” Acompanha arroz cremoso de limão. Já o risoto de camarão ganha um toque diferente com crocante de pistache e redução de laranja.
 

Tudo fresco

 
O clima de litoral também está presente nas sobremesas. O chef uniu coco e abacaxi, uma combinação bem praiana, em duas receitas leves e refrescantes: panacota de coco com calda de abacaxi e abacaxi com raspas de limão e sorbet de coco. Quase que dá para sentir a brisa do mar. Um drinque recomendado para complementar a experiência é o Anchor, com gim, xarope de manjericão, polpa de maracujá, suco de tangerina, e folhas de manjericão.
 
Para que o frescor do mar seja sentido à mesa, a cozinha é rigorosa na escolha dos ingredientes. Só trabalha com aquilo que chega com qualidade a BH. “Estou doido para ter ostra no cardápio, mas agora na pandemia não tem voo direto entre Santa Catarina e Minas, então não quero correr o risco de servir um produto que não esteja realmente fresco.” Pelo mesmo motivo, ainda não deu para fazer mariscada, prato de origem baiana com vários frutos do mar, incluindo mexilhão.
 
O restaurante tem parceria com o Armazém do Mar e recebe os frutos do mar duas vezes por semana.

Jorge teve três semanas para montar a cozinha, treinar a equipe e criar o cardápio. Movido a desafios, ele sentiu que estava pronto para seguir carreira solo. Mas diz que só conseguiu abrir o restaurante em tempo recorde por ter trabalhado no Bravo Catering. “Bufê é um restaurante temporário a cada dia. Tudo o que precisava nos eventos era uma área vazia com instalações elétrica e hidráulica, o resto levava”, compara.
 
O paulistano já trabalhou em um resort no Canadá, uma rede de parques temáticos na Inglaterra e ao lado de Leo Paixão, no Glouton, onde por seis anos foi subchef. Comandar um restaurante temporário para ele não é um problema, pelo contrário: Jorge enxerga como uma oportunidade de aprender mais e fazer ainda melhor. “Para mim, é um sonho de vida ter a possibilidade de elevar o nível da gastronomia.” 
 
A próxima parada do Cozinha Nomad deverá ser em São Paulo, a partir de abril. A cada mudança o cardápio terá um tema diferente, seguindo a sazonalidade dos ingredientes.

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