O cantor Calum Scott

O cantor visitou o país em 2016 e se apresentou ao lado de Ivete Sangalo, que ele chama de "Beyoncé brasileira", no encerramento dos Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro

Site oficial/reprodução

Calum Scott viu a vida mudar da noite para o dia, depois de sua audição no programa “Britain's got talent” ir ao ar, em abril de 2015. O cantor foi ovacionado pelo público e pelos jurados por seu desempenho em “Dancing on my own”, originalmente escrita pela sueca Robyn. Apesar de ter ficado em sexto lugar no reality musical, ele seguiu emplacando hits depois de sua aparição no programa.

Nascido na cidade de Beverley, localizada no Norte da Inglaterra, o músico hoje soma 26 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Somente no Brasil, são quase 2 milhões. O montante deixa Scott entre os 140 artistas mais ouvidos da plataforma e é o equivalente a mais de 800 vezes o número de habitantes de sua cidade natal. 

Alavancado pelo sucesso no programa, Scott assinou contrato com a Capitol Records,  mesma gravadora de artistas como Katy Perry e Sam Smith, lançou dois discos, sendo o mais recente "Bridges", e se apresentou durante a coroação do Rei Charles III. Recentemente, a rede social TikTok tem sido uma grande aliada na carreira do artista. Por lá, já são mais de 500 mil vídeos publicados com suas faixas.
 


Nesta quarta-feira (23/8), Calum Scott no Brasil inicia por Belo Horizonte sua primeira turnê no Brasil. Ele se apresenta também em São Paulo, na sexta (25/8), e no Rio de Janeiro, no domingo (27/8).

Essa é a segunda vez que o britânico vem ao Brasil, mas a primeira em que fará um show completo para seu público. Na primeira visita, em 2016, ele dividiu o palco com Ivete Sangalo, no Maracanã, durante o encerramento das Paralimpíadas daquele ano. 
 
Calum descreve a experiência como extraordinária. “Isso aconteceu muito cedo na minha carreira, foi logo depois do final do programa de TV. Naquela época, eu ainda não tinha dimensão do tamanho da Ivete. Quando cheguei ao país, descobri que ela é quase como uma Beyoncé brasileira!”, afirma.

Na ocasião, ele cantou o clássico de Robyn que o levou ao sucesso, “Diamonds”, de Rihanna, e “Transformar”, canção feita por ele em parceria com Sangalo, para quem ele é só elogios. “Ela foi muito amável e gentil, nós tivemos conversas ótimas, falamos sobre todo tipo de coisa, da carreira até a família e a vida. Quando entramos no Maracanã lotado, foi inacreditável, havia mais de 40 mil pessoas lá.”. 

Depois dessa boa estreia no país, o britânico diz que estava “literalmente esperando pelo momento de voltar, desde aquele ano”. 

Adele, a fonte de inspiração

Nos comentários dos videoclipes do artista, é comum encontrar relatos de como suas canções tocam o público, inclusive fãs brasileiros. “Eu sempre quis ser o cara que faz as pessoas chorarem, essa sempre foi meio que a minha missão. Sempre olhei para artistas como a Adele como sendo as minhas maiores inspirações”, diz ele.

Segundo o cantor, as pessoas se conectam tanto com as letras de suas músicas, porque todas elas falam de experiências pessoais. “Todo mundo passa por situações em que precisa lidar com ansiedade, pânico ou insegurança”, afirma. Ele compara o processo de escrita com uma sessão de terapia e diz que suas letras são sempre o mais honestas possível. “Na hora de escrever, eu posso colocar todos os meus sentimentos para fora, e esse é um dos motivos para eu amar tanto o que faço.”

A conexão de Calum com o Brasil rendeu ainda uma parceria com o cantor catarinense Bryan Behr. Na faixa “Da primeira vez”, lançada em 2021, o músico chegou até mesmo a se aventurar a cantar alguns versos em português, o que descreveu como uma experiência divertida, porém bem difícil. 

Mais recentemente, o britânico fez um giro em direção ao pop, impulsionado pela amizade com os DJs Kygo e Lost Frequencies. Scott conta que nunca se viu como uma pessoa “descolada” e por isso se sentiu inseguro ao adentrar nesse território. “Tinha medo de parecer um tiozão”, brinca o artista, de 34 anos. 
 

'Estou superanimado, mas provavelmente vou estar bem emotivo, principalmente neste primeiro show em BH. Espero que as pessoas se emocionem e também que se divirtam muito'

Callum Scott, cantor

 

Sobre a apresentação em Belo Horizonte, Calum Scott diz que irá se esforçar para fazer a espera dele e do público ter valido a pena. O cantor está na estrada com a turnê “Bridges” desde o ano passado, e os shows de encerramento serão realizados no Brasil. 

“Estou superanimado, mas provavelmente vou estar bem emotivo, principalmente neste primeiro show em BH. Espero que as pessoas se emocionem e também que se divirtam muito. Vou tentar fazer com que sejam os melhores 90 minutos da vida delas”, afirma.  

“BRIDGES WORLD TOUR”

Show de Calum Scott. Nesta quarta-feira (23/8), às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315, Centro). Ingressos à venda no site Eventim. Plateia 1: R$ 380; Plateia 2: R$ 300 (valores da inteira).

*Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes