Laís Lacorte olha para a câmera

Laís Lacôrte promete cantar 'La vie em rose', clássico de Edith Piaf e do cancioneiro francês

Lola Lacôrte/divulgação

Neste sábado (15/7), a Praça Mendes Júnior, no circuito da Praça da Liberdade, será palco da tradicional Festa Francesa de Belo Horizonte. A data celebra a Queda da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789.


Ao longo de 12 horas, a celebração terá shows e atrações gastronômicas francesas. Sônia Andrade, Les sans-papiers, George Arrunáteghi, Mamour Ba, Marzano Trio Jazz Bossa, Valerie Lu, Laís Lacôrte e Paco Pigalle são as atrações musicais.


Multi-instrumentista senegalês radicado em Belo Horizonte há mais de 40 anos, Mamour Ba chegou à capital mineira por meio de intercâmbio promovido pela Unesco. Veio pesquisar os ritmos trazidos do continente africano para o Brasil.


Mamour formou na cidade o bloco de carnaval African Beat, que desde 2014 reúne foliões ao som de ritmos tradicionais da percussão africana. Ao longo dos anos, vem trabalhando para difundir a cultura da África em shows que já chegaram a 27 países.


“Meu trabalho é divulgar a importância da cultura negra, esta é a minha missão. Me sinto um representante da África, um embaixador do continente”, diz o “mineiro-senegalês”.


Acompanhado dos filhos Cheikh (bateria e percussão) e Deynaba (piano e teclado), além do grupo African Vozes, ele subirá ao palco às 15h para mostrar seu trabalho autoral. Vai cantar em português, francês e línguas africanas.

 

• Leia também: Giramundo reapresenta 'Os orixás' e saúda as raízes africanas do Brasil


As letras de Mamour falam de humanidade, liberdade e coletividade. O cantor, compositor e percussionista promete cativar o público. “Vou mostrar que a música negra vai muito além do samba. Vamos mostrar as raízes do Senegal e a nossa ancestralidade”, afirma.

 

Mamour Ba olha para a câmera e sorri

Mamour Ba vai cantar em português, francês e em línguas africanas

Leandro Couri/EM/D.A Press
 

Samba, rap e jazz

A atriz, cantora e compositora mineira Laís Lacôrte se apresenta às 19h30. Mesclando samba, rap, pop e jazz, o repertório dela, interpretado em francês, terá de “La vie en rose”, clássico na voz de Edith Piaf, e “Bona petit”, canção de Richard Bona, a “Touche pas à mon pote”, de Gilberto Gil.


Formada em teatro pela Universidade Federal de Minas Gerais, ela chegou ao mundo da música pelas mãos do pai, o compositor Gil DaMata. Em 2020, Laís venceu a etapa nacional do 13º Festival da Canção Aliança Francesa, interpretando “Carmen”, do belga Stromae. Ganhou uma viagem para a França, onde aprofundou sua pesquisa a respeito de artistas francófonos.


“Conheci novos cantores e compositores. Fui entendendo que a música francófona está presente na África e em países como o Canadá e a Bélgica”, comenta. Em sua pesquisa, Laís também deparou com canções de Gilberto Gil compostas em francês.


“Fiquei super feliz, não sabia que o Gil compunha nessa língua. O que ele compôs é muito importante, são músicas antirracistas. Foi muito importante para mim, como mulher negra, trazer essas canções para meu repertório”, afirma.


Laís vai apresentar hoje um repertório especial. “O encontro entre a música francesa, a música francófona e também a nossa música afro-brasileira”, promete.

22ª FESTA FRANCESA DE BH

Neste sábado (15/7), a partir das 10h, na Praça José Mendes Júnior, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Entrada franca, com retirada de ingressos pelo site ingresse.com/festafrancesa mediante doação de 1kg de alimento não perecível.

 

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria