Toca de Tatu, formado por Abel Borges, Lucas Ladeia, Luísa Mitre e Lucas Telles

Toca de Tatu, formado por Abel Borges, Lucas Ladeia, Luísa Mitre e Lucas Telles, se apresenta na edição especial do Projeto Recitais, nesta quinta, no Centro Cultural UFMG

Lucca Mezzacappa/Divulgação


O grupo de música instrumental Toca de Tatu celebra 10 anos de estrada na edição especial do Projeto Recitais, nesta quinta-feira (22/6), às 19h30, no Centro Cultural UFMG. Na apresentação de amanhã, o quarteto – Abel Borges (percussão), Lucas Ladeia (cavaquinho), Lucas Telles (violão) e Luísa Mitre (piano) – relança seu terceiro disco, homônimo à banda, em um show inédito.
“Para comemorar todos esses anos, sentimos a necessidade de fazer um álbum só com músicas nossas, uma coisa mais íntima, que mostra nosso desenvolvimento como músicos e compositores”, afirma a pianista Luísa Mitre.

AUTORAIS “Toca de Tatu” (2021) coleciona composições que exploram novas sonoridades. Em uma mistura de choro, baião, xote e congado mineiro, o quarteto se apresenta na intenção de compartilhar suas referências musicais, que abarcam os ritmos do país e soam em arranjos de instrumentos culturalmente característicos, como viola caipira e acordeon.
 
Com 10 faixas, o disco carrega músicas dos quatro integrantes. Compostas individualmente, as canções dão início a uma nova etapa do grupo, que nos dois álbuns anteriores –  “Meu amigo Radamés” (2013) e “Afinidade”(2017) –  interpretou canções de compositores brasileiros.
 
“O primeiro disco homenageia Radamés Gnattali e o segundo compositores mineiros contemporâneos. Eles abriram muitas portas para nós, mas ainda não eram algo 100% nosso”, afirma Luísa.
Impedido de entrar em turnê devido à pandemia de COVID-19 em 2021, o Toca de Tatu agora retorna com o disco homônimo para começar a mostrar o repertório do álbum ao vivo.

FLAUTA E SANFONA Além de violão, piano, cavaquinho e percussão, o álbum traz participações especiais, que incorporam novos instrumentos à formação clássica do grupo. “Temos a participação do flautista Alexandre Andrés, que também foi quem gravou o disco. Ele é um amigo próximo e um músico maravilhoso, que admiramos”, explica Luísa. “O disco também contou com a participação do Marcelo Caldi, sanfoneiro do Rio de Janeiro, do qual somos fãs e amigos. Acreditamos que a estética tenha tudo a ver com o Toca de Tatu”, acrescenta a pianista.
 
No intuito de continuar espalhando os ritmos de Minas Gerais mundo afora, o grupo planeja retomar a turnê em 2024. “Em BH, são muitos grupos e jovens dispostos a fazer música. Isso nos dá ainda mais vontade de mostrar o nosso trabalho autoral e participar da construção desta cena coletiva da cidade, além de agregar outras referências que fomos coletando pelas vivências em outros lugares. Vamos continuar na estrada”, conclui Luísa Mitre.

TRAJETÓRIA Criado em 2011, o Toca de Tatu explora a diversidade da música instrumental brasileira e, em especial, do choro. O grupo já viajou os quatro cantos do Brasil e se apresentou na França, Inglaterra e Holanda, em duas turnês especiais.
 
Em “Meu amigo Radamés”, os artistas homenagearam o compositor Radamés Gnattali (1906-1988). Os mineiros recriaram suas canções em um formato que atraiu as atenções para a nova formação de artistas surgida na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Já “Afinidade” focou seus acordes em composições mineiras e interpretou o choro, como um ritmo que ultrapassa as fronteiras do estado do Rio de Janeiro.

* Estagiária sob a supervisão da subeditora Tetê Monteiro
 
PROJETO RECITAIS

Espetáculo musical com Toca de Tatu nesta quinta (22/6), às 19h30, no 
Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 – Centro). Gratuito.