Homem observa a escultura 'Cabeça de Cristo', de Brecheret

Homem observa a escultura "Cabeça de Cristo", de Brecheret, artista participante da Semana de 22

Curta/divulgação


O documentário “Semana sem fim”, de Marcelo Machado e Fabiana Werneck, estreia nesta terça-feira (6/6), às 22h, no Canal Curta. O filme discute a importância da Semana de 22, com base nas ideias de Frederico Coelho, professor de literatura e autor do livro “Semana sem fim: Celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922”.
 

“Por que deu certo? Porque ali tinha gente de muito boa qualidade. Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Villa-Lobos, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, aquilo era um time de primeira que, por acaso, de certa forma se juntava àquela geração. Acaso geracional. A Semana teve importância ao sacudir o ambiente pasmado da cidade de São Paulo”, afirma o professor e escritor Carlos Calil numa cena do filme.

A crítica literária Gênese Andrade contesta críticas à Semana, acusada de elitista. Segundo ela, nem todos os participantes vieram de famílias ricas. “Di Cavalcanti era do Rio e estudava em São Paulo, era muito pobre. Anita Malfatti era de classe média, perdeu o pai muito cedo, teve ajuda da família para estudar. O próprio Mário de Andrade trabalhava para se sustentar”, comenta a professora.