![Foto mostra o Portal da Memória, com Iemanjá embaixo da escultura e, ao fundo, a Lagoa da Pampulha, em BH](https://i.em.com.br/uRjujMEat0RdN2tZUcyMK7tUj-s=/750x0/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2023/06/05/1502974/foto-mostra-o-portal-da-memoria-com-iemanja-embaixo-da-escultura-e-ao-fundo-a-lagoa-da-pampulha-em-bh_1_111672.jpg)
Criado pelo escultor Jorge dos Anjos, Portal da Memória traz símbolos que remetem à África
Juarez Rodrigues/EM/D.A PressO livro “Portal da Memória: a poética construtiva de Jorge dos Anjos na paisagem da cidade”, de Maria Tereza Dantas Moura e Rita Lages Rodrigues, chama a atenção para a escultura do artista plástico ouro-pretano instalada às margens da Lagoa da Pampulha. Por meio dela, Jorge destaca as raízes afro-brasileiras na história da capital mineira. Criada para emoldurar Iemanjá, a obra remete à discussão sobre racismo, patrimônio, diáspora, religiosidade e liberdade.
A obra de ferro oxidado traz desenhos de símbolos religiosos das matrizes afro-brasileiras. Ela fica propositalmente na Pampulha, região da capital considerada durante muitos anos território exclusivo da elite. O “Portal da Memória”, que vai de encontro a essa ideia, é considerado uma espécie de “reparação simbólica” às vítimas da exclusão social.
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