Ao tomar posse da presidência do Banco do Brasil, nesta segunda-feira (16/1), Tarciana Medeiros e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciaram uma parceria. O banco investiu em projetos que serão apreciados em editais públicos oferecidos pela pasta. Será cerca de R$ 150 milhões, distribuído em uma média de R$ 50 milhões a cada ano.

"Nosso país é conhecido e reconhecido por sua riqueza cultural. Mas nossa cultura não é só bela, diversa e rica, é também um setor econômico pujante, responsável por mais de 3% do PIB brasileiro. E como tal, precisa de ações concretas que impulsionem o seu desenvolvimento", apontou Margareth Menezes.

A ministra também levantou a questão do racismo e da desigualdade social como justificativa para a falta de incentivo que a cultura sofreu no último governo.

"Sabemos que a tentativa do golpe que sofremos recentemente tem a ver com o descontentamento de alguns setores com as transformações sociais e ascensão da população negra e dos grupos de excluídos ao poder", advertiu.

"Tem a ver com as conquistas sociais, tem a ver com o desejo de que as coisas continuassem como dantes no quartel de Abrantes, tem a ver com racismo, misoginia, homofobia e todo tipo de preconceito e exclusão", complementou.

"A cultura é feita por seres vivos, e precisamos, mais do que nunca, reavivar este setor que emprega mais de cinco milhões de brasileiros. Enquanto alguns só vêm glamourização, nós estamos na ponta de cá, trabalhando no fazer cultura, pois nada se realiza sem os agentes culturais e os profissionais da área", esclareceu.

Lançamento de edital

Ministra Margareth Menezes é empossada como Ministra da Cultura

Banco do Brasil financiará projetos do Ministério da Cultura

Ricardo Stuckert/Flcikr
O primeiro edital será o do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) edição 2023 - 2025, coordenado pelo próprio banco. A ideia é selecionar projetos para compor a programação do CCBB em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Serão valorizadas propostas que exaltem as origens e ancestralidade brasileira, tragam narrativas regionais e o pensamento descolonizador. Também serão reconhecidas ideias que trabalhem o tema da inclusão e acessibilidade ou planejem caminhos para compreender a construção contemporânea de identidades.