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Estado de Minas MÚSICA

Jhê Delacroix reinventa o mundo ao lado de Thiago Amud no show 'Macro-Jhê'

A multiartista e o compositor vão apresentar seu projeto autoral hoje (3/7), na Casa Kubitschek, mesclando canções, performance e narração de histórias


03/07/2022 04:00 - atualizado 03/07/2022 00:19

Usando vestido florido, Jhê Delacroix canta em frente ao microfone, instalado em meio a plantas de um jardim
Em suas canções autorais, a multiartista Jhê Delacroix dá voz a seres de um mundo que ela mesma criou (foto: Luciano Viana/divulgação)

É no encontro de linguagens que se situa o show “Macro-Jhê”, que a multiartista Jhê Delacroix e o cantor, compositor e instrumentista Thiago Amud apresentam neste domingo (3/7), a convite do projeto Música no Museu da Pampulha.

A carioca radicada em Belo Horizonte começou a desenvolver esse trabalho autoral em 2017, estimulada por Amud, também carioca. O show, que se desenvolve como narração de histórias e performance, está marcado para as 11h, no Museu Casa Kubitschek, com entrada franca.

''Minhas composições sempre têm o eu lírico. Nunca sou eu a voz que está falando, então acaba sendo um tipo de narração cantada''

Jhê Delacroix, multiartista


Seres inventados

Jhê Delacroix explica que o show foi batizado assim porque é um grande painel em que são apresentados diversos personagens de um mundo inventado. Por meio de canções autorais compostas ao longo dos últimos anos, ela criou um universo cheio de pequenos seres.

“Minhas composições sempre têm o eu lírico. Nunca sou eu a voz que está falando, então acaba sendo um tipo de narração cantada. É show mesmo, canto acompanhada pelo violão do Thiago, apresentando histórias inventadas por esse eu lírico”, diz.

“Pretendo mostrar ao público o universo que criei com músicas que, juntas, fazem sentido do começo ao fim. São todas ligadas, há uma linha que as conecta”, ressalta. O repertório dará origem ao disco homônimo cujo lançamento está previsto para 2023.

O roteiro de “Macro-Jhê” traz nove canções autorais e três releituras de composições de Sergio Ricardo, Lucas Felipe e Thiago Amud. Entremeando números musicais, Jhê vai contar um pouco da história de seu álbum de estreia, que vem sendo gestado desde 2017.

“Como sou contadora de histórias, quero falar um pouco do processo do disco como se fosse uma apresentação para amigos”, adianta.

Tudo começou em 2015, quando ela conheceu Amud. “Em 2017, ele sugeriu que fizéssemos um show onde eu interpretaria vários personagens, com concepção cênica e músicas de compositores de vários estilos”, recorda.

Jhê ficou empolgada, mas o projeto não decolou, pois Amud estava às voltas com a gravação e o lançamento de seu disco “O cinema que o sol não apaga”.

“Aquilo ficou na minha cabeça e, como sou compositora, comecei a escrever músicas pensando naqueles personagens. Falei para o Thiago que estava com o repertório pronto e começamos a trocar ideias. O projeto de show acabou virando disco, que terá arranjos assinados por ele. Thiago está ao meu lado na criação deste universo musical”, destaca Jhê.

Thiago Amud olha para a câmera, de baixo para cima, tendo a seu lado arranjo iluminado com pequenos peixes mortos
Thiago Amud vai assinar os arranjos do disco de Jhê Delacroix (foto: Felp Scott/divulgação)


As músicas do show deste domingo são cantadas em português, espanhol e crioulo cabo-verdiano, que Jhê estuda desde 2014 e é a base de outro projeto musical dela, que já está no prelo. Trata-se do álbum “Kriol”, com composições autorais e releituras do cancioneiro cabo-verdiano.

“Minha relação com a língua e a música de Cabo Verde surgiu do encanto da primeira escuta. A partir do momento em que ouvi, me apaixonei pela língua; depois fui mergulhar em Cesária Évora, Mayra Andrade. Tenho o gosto da palavra na boca, e essa língua tem uma sonoridade que me chocou, me deixou intrigada”, conta.

''Minha relação com a língua e a música de Cabo Verde surgiu do encanto da primeira escuta''

Jhê Delacroix, multiartista


Cabo Verde em BH

Nas redes sociais, ao procurar por artistas e pessoas do país africano, Jhê acabou encontrando uma considerável comunidade cabo-verdiana em Belo Horizonte. A propósito, ela segue para Cabo Verde entre agosto e setembro, para ministrar workshop de narração de histórias e música.

“Também vou coletar canções tradicionais, que servirão para montar um espetáculo com a comunidade local. Esse projeto se chama Tripé”, adianta a cantora carioca.

“MACRO-JHÊ”

Com Jhê Delacroix e Thiago Amud. Neste domingo (3/7), às 11h, no Museu Casa Kubitschek (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 4.188, Pampulha). Entrada franca. Capacidade: 60 pessoas. Ingressos devem ser retirados na plataforma Sympla. Informações: (31) 3222-5271 e www.veredasproducoes.com.br


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