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Estado de Minas MISTÉRIO NO MAR

"Naufrágio" de mega restaurante flutuante na China é cercado de dúvidas

Após anunciar que o luxuoso Jumbo afundou no Mar da China enquanto era rebocado, empresa responsável pelo negócio voltou atrás e disse que o barco "virou"


27/06/2022 04:00 - atualizado 26/06/2022 18:42

Vista da fachada do Jumbo, restaurante flutuante de 76 metros, que era atração turística em em Hong Kong
O Jumbo, de 76 metros e capacidade para 2.300 pessoas, já recebeu celebridades e até a rainha da Inglaterra (foto: Daniel SUEN / AFP)


O mistério a respeito do Jumbo, o famoso restaurante flutuante de Hong Kong, continua aumentando, depois que o proprietário provocou uma grande confusão, na sexta-feira passada (24/6), sobre se o navio realmente afundou, quando estava sendo rebocado, no último dia 19.

A Aberdeen Restaurant Entreprises, filial da empresa de investimentos Melco International Development, com sede em Hong Kong, informou, no último dia 20, que o antigo restaurante de 76 metros de comprimento e capacidade para 2.300 pessoas havia naufragado um dia antes, perto das ilhas Paracel, depois de enfrentar "condições (meteorológicas) adversas".

"A profundidade da água no local é de cerca de 1 mil metros, tornando extremamente difícil realizar o trabalho de resgate", informou a empresa. Na quinta-feira (23/6), o ministério do Mar de Hong Kong afirmou que tomou conhecimento do incidente pela imprensa e que havia solicitado um relatório à empresa.

No documento, a empresa afirma que o restaurante virou, mas que "no momento, o Jumbo e o rebocador ainda estão nas águas, na costa das ilhas Xisha", denominação chinesa para as ilhas Paracel.

Horas depois, um porta-voz do restaurante entrou em contato com um jornalista da agência France Presse e disse que a empresa sempre usou a palavra "virou" e não "naufragou" para se referir ao episódio.

Ao ser questionado se o barco havia afundado, ele respondeu novamente que o comunicado afirmava "virou", mas não explicou por que o texto mencionava que a profundidade da água dificultava o resgate.

NAUFRÁGIO 


O jornal “South China Morning Post” revelou uma conversa semelhante com uma porta-voz da empresa, na qual ela insistiu em que o barco "virou", não "naufragou", mas não explicou se ainda está flutuando.

De acordo com a publicação, o ministério do Mar informou que a empresa pode ter infringido a lei local, caso não tenha informado às autoridades sobre um naufrágio nas 24 horas posteriores ao evento.

O icônico restaurante, projetado como um palácio imperial chinês, apareceu em vários filmes de Hollywood e recebeu clientes ilustres como a rainha Elizabeth II e o ator Tom Cruise.

No entanto, o estabelecimento fechou em março de 2020 devido à pandemia de COVID-19, que deu o golpe de misericórdia no negócio, já abalado por quase uma década de prejuízos acumulados no valor de US$ 12,7 milhões.

Seus últimos operadores, Melco International Development, anunciaram no mês passado que, devido ao vencimento de sua licença, o Jumbo deixaria Hong Kong e aguardaria um novo operador em local não especificado.

Inaugurado em 1976 por Stanley Ho, rei dos cassinos de Macau que morreu em 2020, o Jumbo era um símbolo do luxo. De acordo com o “South China Morning Post”, contava com um "trono de dragão" no estilo da dinastia Ming e um mural luxuoso. 








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