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Estado de Minas MÚSICA

Jacinta retorna à agenda musical de BH com pegada black

Bar dançante da Região Leste promove a 'galinhada sonora', com as bandas Domilindró e Black Machine se revezando no palco


05/05/2022 04:00 - atualizado 05/05/2022 08:43

Banda Domilindró
Domilindró se apresenta nesta quinta e banda foi criada em homenagem a Chico Science (foto: Emanuelle Alves/DIVULGAÇÃO )

Depois de um período com atividades suspensas e um retorno tímido, o Jacinta retorna com potência total para uma verdadeira “galinhada sonora”, como batizaram as apresentações das quintas-feiras à noite de maio, sob curadoria do músico Juventino Dias.

Juventino se tornou curador da programação musical do poleiro do Jacinta e, na casa, ele também se apresenta, às quartas-feiras, com o que chama de percussões afrodiaspóricas, popularmente conhecidas como jazz. Ele é o responsável pela escolha das bandas Domilindró e Black Machine, que se revezam nas noites de quitna na casa do Santa Efigênia.

A sócia-proprietária do Jacinta, Keyla Monadjemi, explica que a opção pelo revezamento das bandas foi uma escolha para que os músicos pudessem se familiarizar com o ambiente e se apresentar em minitemporadas. Ela conta que, a priori, não existe uma harmonização entre o cardápio sonoro e o gastronômico, mas que a música ajuda na criação de ambiências adequadas para as refeições de acordo com o som que está sendo feito.

"Quando abrimos, em 2018, a ideia era ter um espaço que fosse múltiplo, que a gente pudesse usar de diferentes possibilidades. Então, investimos muito no projeto acústico, apesar de não ser uma casa de shows propriamente dita. Nossa ideia sempre foi ser um restaurante, um bar, mas que tivesse essa possibilidade de receber músicos, shows, DJs. Nossas cadeiras são empilhadas e o bar começou a virar um bar dançante. A música sempre foi protagonista no nosso espaço", comenta.

Banda V
Com repertório já consagrados, mineiros da Black Machine também fazem shows na casa (foto: Emanuel Kaaura/DIVULGAÇÃO )

RÁDIO 

Sob a batuta de Juventino, o espaço lançou a Rádio Jacinta, no Spotify, com playlists que vão desde "quebrando de leve" a um "quebrando tudo". Sempre apresentadas pela simpática mascote, a galinha-d'angola Querida Jacinta, protagonista da comunicação do espaço.

"As pessoas tomam uma, tomam duas, ficam animadinhas e começam a pedir pra gente tirar as cadeiras e as mesas, porque elas querem dançar. Então, meio não programado, surgiu o bar dançante e a Rádio Jacinta, com música brasileira, mas uma pegada mais de soul, funk, música black. A gente sempre teve essa pegada da música negra muito forte. Quando a gente fala de música brasileira, não tem como não falar de música negra", detalha o curador.

Juventino conta que a escolha das bandas parte de uma iniciativa de dar espaço para atrações de fora da Avenida do Contorno. Ele mesmo, no trompete, às quartas, é acompanhado dos instrumentistas Silas Prado no saxofone e flauta; Thiago Hamsik, contrabaixo; Bruno Malaguti no piano; e Cyrano Almeida na bateria. O Juventino Dias Quinteto apresenta composições autorais criadas durante a pandemia, além de composições de músicos expoentes do cenário negro, como Moacyr Santos e Paulo Moura, e contemporâneos, entres eles Eduardo Neves e Letieres Leite, falecido em outubro do ano passado.

Músico Juventino Dias
Às quartas, Juventino Dias, também curador musical da Jacinta, executa suas percussões 'afro-diaspóricas' (foto: Elmo Alves/DIVULGAÇÃO)

CANDOMBLÉ 

Revezando-se às quintas-feiras, os grupos Domilindró, que se apresenta hoje (5/5), e Black Machine, por sua vez, apresentam repertórios já consagrados. A primeira presta homenagem a Chico Science. Surgida em 2016, quando do cinquentenário do artista pernambucano, a banda Domilindró apresenta os clássicos do Manguebeat, enquanto a Black Machine apresenta os clássicos do soul.

"Vamos fazer um pouco dessa música que é a base e alicerce dos sons do candomblé, sons de raiz. A grande surpresa fica por conta das canjas e participações. E a gente tenta fazer um repertório que fuja dessa caixinha do que o público quer dizer que é jazz, sabe? A gente tenta chegar com uma música instrumental que esteja perto das tradições, e assim perto do povo. Uma música que não elitize, que seja para todo mundo", finaliza Juventino.

PROGRAMAÇÃO

» JUVENTINO DIAS QUINTETO 
Às quartas-feiras de maio, com shows a partir das 22h

» DOMILINDRÓ
Nesta quinta (5/5) e em 19/5, com shows às 23h 

» BLACK MACHINE 
Shows em 12/5 e 26/5, a partir das 23h

.Jacinta (Rua Grão Pará, 185 –  Santa Efigênia). Ingressos: R$ 20 antecipado pelo Sympla e R$ 30 na porta. Informações: (31) 97116-2900

* Estagiário sob a supervisão da subeditora Tetê Monteiro


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