(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MÚSICA

Em homenagem à Semana de 22, Filarmônica toca hoje Heitor Villa-Lobos

Orquestra mineira abre sua temporada 2022 nesta quinta (10/2) com programa que destaca o modernismo brasileiro


10/02/2022 04:00 - atualizado 10/02/2022 03:14

de camisa azul, fábio zanon empunha violão em ambiente com estantes de livros
Fábio Zanon é o violonista convidado para o concerto, que inclui as obras ''Introdução aos choros'' (Villa-Lobos) e ''Concerto para violão'' (Francisco Mignone) (foto: Eduardo Sardinha/Divulgação)

O centenário da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, é o norte da abertura da temporada deste ano da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Único compositor erudito a participar do histórico evento paulistano, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) será celebrado com a peça “Introdução aos choros” (1929) em dois concertos – nesta quinta (10/2) e sexta (11/2), na Sala Minas Gerais.

“Villa-Lobos foi um dos mais importantes da história quanto ao desenvolvimento do violão enquanto instrumento clássico”, afirma o maestro Fabio Mechetti, que rege as apresentações. O violonista convidado é o paulista Fábio Zanon, que vai interpretar tanto a peça supracitada quanto “Concerto para violão” (1975), de Francisco Mignone (1897-1986) – em 2022, celebram-se os 125 anos de nascimento do compositor paulistano.

Completando o programa com autores brasileiros, a Filarmônica vai executar trechos de quatro óperas de Carlos Gomes (1836-1896): as sinfonias de “Salvator Rosa” (1874) e “Fosca” (1873), o prelúdio de “A noite do castelo” (1861) e a protofonia de “O Guarani” (1870). 

“Mignone foi um compositor que herdou a influência nacionalista proposta por Villa-Lobos, então se encaixa bem na homenagem. Carlos Gomes, embora seja romântico e não tenha nada a ver com a arte moderna, deixou como uma das contribuições na ópera temas com raízes brasileiras. Nos libretos de ‘O Guarani’ e ‘O escravo’ encontramos questões culturais do Brasil. Foi como uma preparação para o que veio depois da virada do século 20”, observa Mechetti.

GRAVAÇÕES

Carlos Gomes também estará no programa dos concertos da próxima semana, dias 17 e 18, com aberturas de quatro óperas. Tal imersão na obra do mais importante compositor de óperas do Brasil deve-se à gravação que a Filarmônica realiza neste início de temporada para o projeto “Brasil em concerto”, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. A orquestra mineira gravou, em anos anteriores, peças de Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. 

Serão três gravações em 2022: além de Gomes, peças de D. Pedro I e de Lorenzo Fernández. A intenção era iniciar o ano com o registro da obra do imperador do Brasil. As gravações, que posteriormente também serão lançadas pela Naxos, foram transferidas de fevereiro para maio, em virtude da pandemia. 

“As obras de D. Pedro requerem coro e solistas. Com a ômicron, resolvemos adiar para dar um pouco mais de segurança”, afirma Mechetti. De acordo com o regente e diretor artístico, a intenção é lançar o álbum antes de 7 de setembro – em 2022, comemora-se também o bicentenário da Independência. 

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

Abertura da temporada 2022 com concertos nesta quinta (10/2) e sexta (11/2), às 20h30, na Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto. O concerto de hoje será transmitido ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube. Obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação com duas doses da vacina ou resultado negativo para a COVID-19 em teste do tipo RT-PCR, realizado até 48 horas antes do evento, ou teste rápido de antígeno, realizado até 24 horas antes. Ingressos: R$ 50 (mezanino) a R$ 167 (camarote). Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)