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Estado de Minas LUTO

Um dos maiores nomes do teatro mineiro, Márcio Machado morre em BH

O artista produziu e dirigiu mais de 40 espetáculos de teatro e outras dezenas de feiras de modas, concursos e desfiles


01/01/2022 22:12 - atualizado 01/01/2022 23:37

Márcio Machado
Márcio Machado (foto: Arquivo Pessoal )
Uma das figuras mais importantes da cena cultural mineira, Márcio Machado faleceu na madrugada deste sábado (1º/1) na própria casa, no Centro de Belo Horizonte. O artista produziu e dirigiu mais de 40 espetáculos de teatro e outras dezenas de feiras de modas, concursos e desfiles.

 

"É uma perda imensa... Ele era muito inteligente, sabia tudo de cinema, teatro. Acho que o Márcio merece todas as honras e glórias dos grandes artistas brasileiros. Ele é uma referência para várias gerações de artistas em Minas", resume o subsecretário de Estado de Cultura, Márcio Canguçu.

 

"Ele fez trabalhos muitos significativos. Foi uma das figuras mais importantes da cena cultural mineira. Estava debilitado, em estado já de sofrimento. Ele foi descansar", afirma a atriz e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (Sated/MG), Magdalena Rodriguez. 

 

Márcio foi diagnosticado com a doença de Parkinson há alguns anos.

 

Memórias

 

Canguçu teve o prazer de ser dirigindo por ele em "Velório À Brasileira", uma comédia de muito sucesso que ele assinou como sócio na produção. "O primeiro espetáculo profissional que assisti, quando cheguei em BH, foi uma peça de direção e produção do Márcio. Acho que ali estava aumentando e ajudando a despertar meu amor pelo teatro", relembra.


O subsecretário lembra que Márcio tinha o 'timing' da comédia. "Me lembro dele dirigindo e dizendo 'está sem timing'. A plateia não vai rir se for feito desse jeito.' Ele era muito direto, objetivo. Mas delicado, mas sem meias palavras", afirma. 

 

Julio Cesar Moraes, Fernando Veríssimo e Márcio Machado
Julio Cesar Moraes e Fernando Veríssimo foram grandes amigos de Márcio (foto: Arquivo Pessoal )
 

 

Márcio Machado estudou biblioteconomia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mas o amor pela arte foi maior, como ele mesmo descreveu em 2014, em texto escrito quando foi homenageado em pelo Sated/MG. "Escolhi em seguir a profissão de artista. Ser artista, o que tornou-se uma paixão que me trouxe momentos de belezas, alegrias, decepções e também de boas surpresas... Valeu a pena esses anos todos ver e fazer arte, quero dizer... ainda vale!".

 

História

 

Em 1972, Márcio fez o primeiro trabalho cênico no campo da moda: um desfile show intitulado "Barbarela, Barbará e Bela", do estilista Byan, com roupas inspiradas no artesanato mineiro, no Palácio das Mangabeiras. O evento posteriormente foi apresentado em São Paulo, no Golden Dragon e no Rio de Janeiro, no Golden Room do Copacabana Palace.

 

Márcio Machado dirigiu por 15 anos o mega evento "Showçaite", produzido pelo jornalista Eduardo Couri. Como diretor artístico do Palácio das Artes, entre 1979 e 1982, fez muitas realizações de grande sucesso. Ele recebeu prêmios no Brasil e no exterior.

A peça Maria Buçu, assinada por Márcio, levou o Brasil em 1981 ao Festival Internacional do Teatro, na cidade de Sibenik, na Croácia. 


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