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Estado de Minas EXPOSIÇÃO HISTÓRIAS DO VIVIDO

Inhotim recebe mostra com obras de artistas bordadeiras de Brumadinho

A partir da arte-educação, 73 mulheres criam obras em bordado para se expressar, ressignificar perdas e semear esperança


19/10/2021 15:20 - atualizado 19/10/2021 15:34

Na imagem, a obra da artista bordadeira Maria Camila do Carmo Oliveira
A exposição reúne 16 painéis, 44 mandalas e 18 peças variadas produzidas por bordadeiras de Brumadinho. Na imagem, a obra da artista bordadeira Maria Camila do Carmo Oliveira (foto: Projeto Semeando Esperança, iniciativa da Fundação Vale e do Instituto de Promoção Cultural Antônia Diniz Dumont (ICAD))

 
O maior museu a céu aberto do mundo, localizado na cidade de Brumadinho, o Inhotim recebe, até 19 de dezembro, a exposição Histórias do Vivido – Sementes da Esperança. A iniciativa reúne obras de 73 mulheres de Brumadinho, que encontraram no bordado e na relação com outras mulheres caminhos para transformações individuais e coletivas.

Em 2019, Brumadinho foi cenário de um acidente que resultou em um dos maiores desastres ambientais no Brasil. A mostra no Inhotim contém trabalhos de mulheres atingidas pelo rompimento da barragem B1 da Vale, que matou 270 pessoas e devastou o município.
 

“Quero bordar para o resto da minha vida”

As artistas bordadeiras são alunas do projeto Semeando Esperança, iniciativa da Fundação Vale e do Instituto de Promoção Cultural Antônia Diniz Dumont (ICAD). A exposição é composta por 16 painéis, 44 mandalas e 18 peças com formatos variados. Os painéis, bordados coletivamente em vivências psicopedagógicas, são relatos sobre suas trajetórias de vida, os territórios onde habitam e os pontos que as unem. 

Já as mandalas, produzidas individualmente pelas artistas, traduzem memórias, sentimentos e lembranças de cada uma delas. A artista bordadeira Anna Cesária dos Santos conta que o processo trouxe autoconhecimento: “Poder retornar à minha infância por meio do bordado foi maravilhoso. Quero bordar para o resto da minha vida”, afirma. Ela se diz privilegiada com a oportunidade de participar da exposição. “É muito especial imaginar que pessoas do mundo inteiro verão nosso trabalho”.

Segundo o diretor-presidente do Inhotim, Antonio Grassi, “o relacionamento com a comunidade é um dos focos das ações socioeducativas do Instituto Inhotim, desdobradas por meio de iniciativas que visam o acesso ao museu junto aos moradores da cidade, atividades com escolas da região, além de diversos projetos sociais para o público de todas as idades do local. E é neste contexto que surge nossa parceria com a Fundação Vale para receber a exposição Histórias do Vivido – Sementes da Esperança, no Centro de Educação e Cultura Burle Max, em Inhotim”, afirma.

A exposição Histórias do Vivido – Sementes da Esperança pode ser conferida até o dia 19 de dezembro, no espaço do Centro de Educação e Cultura Burle Marx, no Instituto Inhotim.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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