(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas REABERTURA DE BH

Filarmônica de MG faz primeiro concerto do ano com solista internacional

O pianista israelense radicado nos EUA Alon Goldstein toca na Sala Minas Gerais, nesta quinta (08/07) e sexta (08/07), 'o Everest dos concertos para piano'


08/07/2021 04:00 - atualizado 07/07/2021 23:48

Alon Goldstein toca hoje e amanhã na Sala Minas Gerais o
Alon Goldstein toca hoje e amanhã na Sala Minas Gerais o "Concerto para piano nº 2 em Si bemol maior, op. 83" (1878-1881), de Brahms, que ele classifica como "o Everest dos concertos para piano" (foto: Meagan Cignoli/Divulgação)

A pandemia nos trouxe várias primeiras vezes. A primeira videoconferência; o primeiro aniversário comemorado a distância; a primeira “ida” a uma sala de espetáculos do sofá de casa. Com a flexibilização, outras primeiras vezes estão ocorrendo. 

O pianista israelense Alon Goldstein está pela primeira vez no Brasil, onde estreia junto à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que faz nesta quinta-feira (8/07) seu primeiro concerto com público em quatro meses. Ele é ainda o primeiro solista estrangeiro a pisar na Sala Minas Gerais desde março de 2020.

Nas duas próximas noites – o concerto de hoje é para assinantes e o de sexta (9/07) será aberto ao público, com venda de ingressos –, Goldstein vai escalar o ponto mais alto do mundo, citando a metáfora que ele utilizou para falar do “Concerto para piano nº 2 em si bemol maior, op. 83” (1878-1881), de Brahms.

“É o everest dos concertos para piano. São quatro movimentos e ele começa basicamente como uma sinfonia. Quando escreveu seu primeiro concerto para piano (há um hiato de mais de 20 anos entre as duas obras), Brahms não sabia exatamente o que queria. Não sabia se seria uma sinfonia, um concerto ou duas sonatas para piano. No segundo, era um compositor bem-sucedido, tanto que criou uma peça longa, de 55 minutos”, diz Goldstein.

AGENDA 
O instrumentista chegou a Belo Horizonte na terça-feira (6/07), fez dois ensaios com a Filarmônica e, depois das apresentações, no sábado (10/07), viaja para Viena, onde dirige um festival de música. Radicado nos Estados Unidos, comenta que somente agora está retomando sua agenda de apresentações presenciais – voltando ao tema inicial, seu primeiro concerto com orquestra desde fevereiro de 2020 foi no mês passado em Bogotá, Colômbia.

“São tempos desafiadores. Eu, que fazia 80 concertos por ano, de repente me vi fazendo apenas cinco. (No início da pandemia) Disse a mim mesmo que sabia o que não poderia fazer por causa da COVID-19. Mas que também havia muitas coisas para fazer”, comenta o instrumentista, que, no início da crise sanitária, começou a ter aulas on-line sobre Bach, com um músico que vive na Alemanha.

Além de solista, Goldstein tem intensa atuação como professor. Atua no corpo docente da Universidade do Missouri, em Kansas City. “Comecei ali, com meus alunos, a promover concertos on-line para crianças, via Zoom. Também organizei na Flórida um festival para crianças em que meus alunos prepararam gravações de Beethoven, Chopin, com diferentes instrumentos. Fizemos, somente em janeiro, 63 apresentações remotas.” No Oregon, realizou um projeto que uniu a música de Bach com escultura.

Ainda realizou, na medida do possível, apresentações em Kansas City para pequenas plateias. “Foram concertos na praça e outros em pequenos espaços. Falei com os alunos: ‘Toda vez que forem à igreja, peçam para ficar depois da missa por meia hora, 45 minutos, para apresentações. As pessoas sentavam bem distantes umas das outras, todos com máscaras. Em um dia podíamos ter 20 pessoas na plateia; no outro, 30. O importante era não hibernar, ficar estáticos”, comenta. 

Goldstein conta que conseguiu, em um ano, realizar 120 apresentações. “As coisas, em algum momento, vão se normalizar, mas espero que continuem também on-line, pois em um festival em que eu tinha 3 mil pessoas de público, passei a ter 12 mil remotamente. Há várias maneiras de trabalhar”, diz ele.

A apresentação desta noite, com regência do maestro Fabio Mechetti, terá transmissão on-line pelo canal da Filarmônica no YouTube. Além de Brahms, os dois concertos terão a execução da “Sinfonia nº 3 em lá menor, op. 56, ‘Escocesa’" (1829-1842), de Mendelssohn, dedicada à rainha Vitória. Os aplausos ainda não tomarão conta de toda a Sala Minas Gerais. Cada apresentação será limitada a até 393 pessoas, o que corresponde a 26% da lotação do espaço. É pouco, mas já é um começo.

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
Concertos nesta quinta (8/07) e sexta (9/07), às 20h30, na Sala Minas Gerais, Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto. O concerto de hoje, somente para assinantes, será transmitido pelo canal do YouTube da Filarmônica. O de amanhã terá venda de ingressos. R$ 50 (inteira, mezanino) a R$ 155 (inteira, camarote). A venda terá início nesta quinta, às 15h, no site filarmonica.art.br ou na bilheteria do local. Informações: (31) 3219-9000.
 
 
RETRATOS DA VOLTA

Autorizados a reabrir desde sábado passado (3/07) pela PBH, equipamentos estaduais e municipais de cultura retomaram nessa quarta (7/07) seu funcionamento regular, com a adoção de protocolos sanitários para garantir a segurança do público. O repórter fotográfico Leandro Couri percorreu os locais e documentou o retorno dos frequentadores.

No Palácio das Artes, está sendo montada a exposição
No Palácio das Artes, está sendo montada a exposição "Imagens resolutivas", do Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte, com trabalhos de 43 artistas, distribuídos pelas galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa Lima e Amilcar de Castro. Inauguração será nesta quinta (8/07) (foto: Fotos: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Além de seu acervo permanente sobre a história de Belo Horizonte, o Museu Histórico Abílio Barreto tem em cartaz as mostras
Além de seu acervo permanente sobre a história de Belo Horizonte, o Museu Histórico Abílio Barreto tem em cartaz as mostras "Complexa cidade" e "Graficografia"
O Museu Mineiro reabriu suas amplas salas, que abrigam obras de diversos artistas mineiros e uma coleção de arte sacra
O Museu Mineiro reabriu suas amplas salas, que abrigam obras de diversos artistas mineiros e uma coleção de arte sacra
No CCBB, o público pôde voltar a visitar as exposições
No CCBB, o público pôde voltar a visitar as exposições "Abraham Palatnik %u2013 A reinvenção da pintura" e "Yara Tupynambá %u2013 70 anos de carreira"





receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)