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Estado de Minas MÚSICA

Integrante mineiro do Demônios da Garoa lança parceria com Arnaldo Antunes

Dedé Paraizo compôs a melodia de 'Vi', para a qual Antunes fez a letra. Single gravado pelos dois sai nesta segunda (14/06)


12/06/2021 04:00 - atualizado 12/06/2021 09:37

O paulista Arnaldo Antunes e o mineiro Dedé Paraizo, do Demônios da Garoa, assinam sua primeira parceria (foto: Helô Ballarini/Divulgação)
O paulista Arnaldo Antunes e o mineiro Dedé Paraizo, do Demônios da Garoa, assinam sua primeira parceria (foto: Helô Ballarini/Divulgação)

Nascido em Belo Horizonte e radicado em São Paulo desde os anos 1980, o cantor e compositor Dedé Paraizo (com z mesmo) se uniu ao ex-Titãs Arnaldo Antunes para compor “Vi”. A parceria inédita chega às plataformas digitais pela Ecoarte na próxima segunda-feira (14/06). 

“A música tem uma pegada sobre a vida cotidiana e mistura romantismo com apelo social nesses tempos de pandemia”, afirma Dedé, que foi cro- oner de orquestra de baile, em BH, antes de se mudar para a capital paulista, onde passou a integrar o Demônios da Garoa, há 16 anos. 

Dedé Paraizo e Arnaldo Antunes  se conheceram em 2010, quando o cantor e compositor paulista gravou o DVD "Ao vivo lá em casa" e convidou o Demônios da Garoa para participar da faixa de abertura, ''Já fui uma brasa'', de Adoniran Barbosa. 

“A partir daí, passamos a trocar mensagens, até que, em 2016, o convidamos para gravar conosco a canção ‘Tiro ao Álvaro’, também de Adoniran, para o nosso DVD ‘Vem cantar comigo’”, conta o mineiro.

Com a aproximação entre os músicos, nasceu a parceria. “Dedé me mandou essa melodia, que achei belíssima. Ele é um grande melodista. Fiz a letra e virou essa canção, ‘Vi’, que adoro”, diz Arnaldo. Dedé Paraízo, por sua vez, achou “maravilhosa” a letra escrita por Arnaldo.

A composição, no entanto, ficou na gaveta durante um tempo, até que, durante a pandemia, Dedé sentiu vontade de gravá-la e encomendou o arranjo ao seu produtor, Carlinhos Kalunga. 

O músico conta que o processo de gravação, feito no início deste ano, demorou um pouco, por causa do isolamento social. “A gente não podia se reunir. Era cada um em sua casa. Então cada um gravou a sua voz, em seu estúdio. Mas nem parece que gravamos em separado, pois foi uma bonita sintonia, embora seja a nossa primeira parceria."

O cantor e instrumentista pretende lançar outros singles neste ano e em seguida reuni-los num álbum. “Depois virão mais surpresas por aí. Eu com Luiz Ayrão, Cláudio Zoli, com o Demônios da Garoa e vários outros”, adianta.

CARREIRA 
Quando entrou para o Demônios da Garoa, em 2005, Dedé Paraizo fazia parte da banda de apoio tocando violão de seis cordas. Em 2009, substituiu Ventura Ramirez (1939-2016) no grupo principal, fazendo vocal e tocando violão de sete cordas.

Ele conta que os shows do Demônios da Garoa estão parados devido à pandemia. “No meu caso, ainda consigo fazer alguma coisa de voz e violão. Porém, em lugares pequenos, para poucas pessoas e respeitando todo o protocolo exigido pelas autoridades de saúde. Também faço lives de voz e violão”, diz. 

A diminuição do ritmo imposta pela crise sanitária, ele diz, teve impacto sobre sua produção criativa. “Acabei colocando a cabeça para funcionar e não parei de produzir. Tinha parado um pouco de compor por causa da agenda do Demônios, que era intensa. Fazíamos muitos shows e não sobrava tempo para compor as minhas músicas. Com essa parada, voltei a compor bastante.”

Dedé é autor de cerca de 200 músicas e já teve suas canções gravadas por Zeca Pagodinho (“Papel principal”), Wando (“Amor gostoso é bicho perigoso”), João Nogueira (“Não há felicidade”), Alcione (“Só falta você” e “Deixe que o dia amanheça”), Só Pra Contrariar (“Jogo de azar”), Zezé di Camargo & Luciano (“Princesa”) e Jair Rodrigues (“Tutu à mineira”, “Samba popular” e “Brisa”), entre outros. Além de compositor, é reconhecido como um instrumentista versátil – toca violão, cavaquinho, viola e pandeiro.


“Vi”
(Arnaldo Antunes e Dedé Paraizo)

Vi tanta chuva por cima do mar, vi a sede do fogo no ar
Eu vi guerra no seio da paz, vi as cores intensas demais
Multidões escorrendo suor e os carros correndo ao redor
As esquinas sem luz e sem lei, tantas voltas no mesmo lugar eu dei
Só pra em seu colo outra vez me deitar fechar os olhos, descansar
Eu te alcancei e não vou mais fugir, já sei de tudo, penso em nada, só em ti
Vim pra deixar o passado pra trás, atracar o meu caos no cais
Aceitar as estrelas no céu e provar as promessas do mel
Tua boca se abrindo pra mim, teu aroma no pé de jasmim
Esquecer pra depois recordar, receber e aprender a me dar
Enfim para em seu colo outra vez, me deitar fechar os olhos, descansar
Eu te alcancei e não vou mais fugir, já sei de tudo, penso em nada, só em ti







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