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Novos episódios de 'Quem matou Sara?' chegam em tempo recorde à Netflix

Segundo ano da série de mistério lançada em março passado estreia nesta quarta (19/05), com novos personagens e revelações sobre o passado de Sara


18/05/2021 04:00 - atualizado 18/05/2021 07:19

Escrita pelo chileno José Ignacio Valenzuela e filmada no México, série se tornou sucesso da plataforma, que lança a nova safra de episódios num intervalo de menos de dois meses da estreia(foto: Fotos: Netflix/Divulgação)
Escrita pelo chileno José Ignacio Valenzuela e filmada no México, série se tornou sucesso da plataforma, que lança a nova safra de episódios num intervalo de menos de dois meses da estreia (foto: Fotos: Netflix/Divulgação)

O título da série já evidencia o grande mistério em questão na trama de "Quem matou Sara?". Contudo, depois de 10 episódios, lançados em março passado, a primeira temporada não passou nem perto de responder a essa pergunta. 

Ainda assim, a série mexicana precisou de poucas semanas para se tornar a mais vista do mundo em 2021 na Netflix, com audiência de 55 milhões de assinantes em menos de um mês no ar, segundo dados divulgados pelo serviço de streaming.

No embalo do sucesso estrondoso, a segunda temporada chega à plataforma nesta quarta-feira (19/5), para dar sequência à intrigante história e, quem sabe, finalmente resolvê-la por completo. 

A aposta feita pela plataforma nesse conteúdo foi certeira, como comprova a imediata renovação para a segunda temporada. A premissa inicial do thriller, criado pelo escritor chileno José Ignacio Valenzuela, é a morte de uma jovem de 18 anos, que, na cena de abertura do seriado, aparece interpretada por Ximena Lamadrid e se divertindo numa lancha com quatro rapazes, onde sofreria um acidente fatal ao fazer um voo num paraquedas preso ao veículo. 

A história se passa quase 20 anos depois disso, quando Alex Guzmán sai da cadeia em liberdade condicional, depois de cumprir pena pelo homicídio culposo (sem intenção de matar) da irmã, o que transparece como sendo uma grande injustiça da qual ele deseja se vingar. 

Guzmán é interpretado pelo colombiano Manolo Cardona, conhecido do público brasileiro por uma participação na novela "Aquele beijo", exibida em 2011 pela TV Globo.

ALVO 

O ator colombiano Manolo Cardona é Alex Guzmán, o irmão apontado como culpado pelo acidente que matou Sara. Ele busca vingança contra os que considera autores de um crime
O ator colombiano Manolo Cardona é Alex Guzmán, o irmão apontado como culpado pelo acidente que matou Sara. Ele busca vingança contra os que considera autores de um crime

A saga do personagem para desvendar o que realmente motivou a morte da irmã tem um alvo principal: a endinheirada e poderosa família Lazcano. Para Guzmán, todos ali são suspeitos de ter forjado o acidente: o patriarca César (Ginés García Millán), apresentado desde o início como um homem violento, severo e inescrupuloso; o filho Rodolfo (Alejandro Nones), grande amigo de Guzmán na juventude e namorado de Sara quando ela morreu; e Mariana Lazcano (Claudia Ramírez), mulher de César, de personalidade um tanto estranha. 

Porém, o que seria uma simples trilha de vingança direcionada à vilania dessa família que teria tirado a vida de Sara por motivos torpes e ainda incriminado seu irmão vira um emaranhado de acontecimentos muito mais complexos. Talvez isso ajude a explicar o sucesso da trama, que conta com seus exageros narrativos, assim como outras produções populares no cardápio da Netflix.

HACKER 

Os negócios ilícitos de César Lazcano (Ginés García Millán), o patriarca da família envolvida na morte da protagonista, são alvo das investigações de Alex Guzmán
Os negócios ilícitos de César Lazcano (Ginés García Millán), o patriarca da família envolvida na morte da protagonista, são alvo das investigações de Alex Guzmán
A começar pelo fato de Alex Guzmán ter se preparado meticulosamente para isso. Nos anos em que passou no cárcere, ele estudou e se tornou um hacker capaz de invadir sistemas e criar programações elaboradas. 

O irmão de Sara usa essas aptidões para confrontar os Lazcano, sobretudo por saber que o pomposo cassino pertencente a César esconde contravenções que podem ser usadas para chantageá-lo. 

Mesmo altamente preparado para encurralar aqueles que escolheu como inimigos, o protagonista acaba surpreendido. Nem tudo é como ele imaginava, e a relação dos Lazcano com o passado esconde outros detalhes que poderiam explicar a morte de Sara, envolvendo ainda outros personagens. 

PAIXÃO 

Além do trio inicialmente visado por ele, surge Chema (Eugenio Siller), irmão de Rodolfo, que convivia com eles havia 18 anos, quando a fatalidade ocorreu. Chema nutria uma paixão não correspondida por Guzmán na época e agora é noivo do advogado Lorenzo (Luis Roberto Guzmán). Relacionamento que o homofóbico e truculento César jamais aceitou, tratando o filho sempre com agressividade. 

A família Lazcano ainda tem Elisa (Carolina Miranda), a filha mais nova, que não tinha envolvimento com os irmãos Alex e Sara quando tudo aconteceu, mas que se torna outra peça-chave neste quebra-cabeças ao engatar um namorico com Guzmán, mesmo sabendo que ele planeja destruir sua família. 

Depois de uma temporada estudando no exterior, Elisa passa a questionar a idoneidade de seus familiares assim que retorna ao México e se dispõe a colaborar com Guzmán. 

Na primeira temporada, a lista de personagens inclui ainda Clara (Fátima Molina), amiga de Chema, que topa gestar um filho dele com Lorenzo; Marifer (Litzy Dominguez), que tinha contato íntimo com os outros personagens na juventude e testemunhou acontecimentos que podem ter grande importância para Guzmán no presente; e Sérgio Herrera (Juan Carlos Remolina), sócio de César no cassino e de ficha criminal ainda mais comprometedora. 

FLASHBACKS 

A história é contada em duas linhas temporais, com algumas cenas passadas há 18 anos, mostrando Alex, Rodolfo e Chema mais jovens, em acontecimentos que culminaram na morte de Sara. 

À medida que Guzmán vai confrontando personagens e descobrindo novos fatos no presente, os flashbacks vão mostrando novas perspectivas sobre os mesmos episódios do passado, ampliando o mistério. 

A nova temporada segue a mesma estrutura, com os mesmos personagens, mas traz incertezas ainda maiores. Na sequência anterior de episódios, Alex descobriu que a família Lazcano pode ser mais perversa do que ele pensava. Porém, acabou com mais dúvidas do que pistas sobre o que realmente aconteceu, diante de uma teia de traições, surpresas e queimas de arquivo.  

O último episódio termina sugerindo que a própria Sara poderia ser uma figura bastante complicada e que as motivações de sua morte não necessariamente estariam ligadas a um problema pessoal de alguém da família Lazcano com ela. 

A partir desse gancho, a segunda temporada se inicia, dedicada a revelar mais detalhes sobre o passado de Sara. A garota, até então vista pelo irmão como uma vítima inocente, seria capaz de atos tão cruéis como os de quem a matou? 

Ou então, por que alguém seria capaz de matá-la, simulando um acidente? A morte foi mesmo um assassinato? Indagações capazes de prender a atenção de qualquer fã de Agatha Christie, como é o caso do criador do seriado. 

José Ignacio Valenzuela se declarou "um devorador" da obra da inglesa, reverenciada como uma das principais autoras de suspense da história, em entrevista à imprensa mexicana. Embora tenha elementos de suspense que vêm alimentando o imaginário dos fãs da série com teorias sobre o desfecho do mistério nesse hiato de menos de dois meses entre as duas temporadas, a produção também é marcada pela carga dramática acentuada em alguns momentos.  

Essa característica é comum à obra de Valenzuela, que já escreveu mais de 20 novelas para a TV latino-americana. Entre elas, "Dama y obrero" (2012), de grande sucesso no Chile, e "Santa diabla"(2013), falada em espanhol, mas exibida e premiada na TV nos Estados Unidos. 

Além do romance entre Guzmán e a filha da família que ele pretende destruir, outros conchavos improváveis aparecem, permeados ora por violência, ora por sexo. Apesar disso, o autor contou com inspirações em fatos reais para montar a trama ficcional.    

 "Tem a ver com os novos vilões que vemos hoje, muito encarnados em César Lazcano, vilões bilionários, para os quais não há prisão nem condenações. No máximo, há perdões ou pedidos de atenção”, disse o autor à rádio chilena ADN. 

“Esses vilões também são muito sedutores, fazem parte da vida social, das páginas sociais dos jornais. São esses vilões charmosos que convidam para programas de TV, para campanhas políticas e, por isso, a série fala um pouco sobre isso, sobre aquela impunidade com que andam novos vilões hoje ”, completou. 

Coincidência ou não, Lazcano é também o sobrenome de um poderoso traficante mexicano, morto em 2012, conhecido por atos muito cruéis contra adversários. De qualquer forma, a história ambientada no México não tem ligações específicas com o país em seu enredo.

O foco principal são os segredos envolvendo Sara, que se multiplicam nesta segunda temporada, especialmente à medida que os novos episódios revelam envolvimentos mais profundos das até então coadjuvantes Clara e Marifer com o caso e inserem Nicandro (Martin Saracho) na trama. 

O jovem também estava presente quando Sara morreu, mas ainda não mostrou grande relevância até aqui, o que deve mudar e complicar ainda mais a resposta sobre "Quem matou Sara?".

"Quem matou Sara?"
• Segunda temporada
• 8 episódios
• Estreia na Netflix na quarta (19/5)


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