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Estado de Minas STREAMING

'Amigas de sorte' trata do empoderamento das mulheres maduras com humor

Comédia sobre trio de companheiras que decide curtir um prêmio da loteria chega nesta segunda (17/05) ao streaming


17/05/2021 04:00 - atualizado 17/05/2021 06:59

Susana Vieira, Arlete Salles e Rosi Campos interpretam o trio de protagonistas na comédia dirigida por Homero Olivetto (foto: Catarina Sousa/Divulgação)
Susana Vieira, Arlete Salles e Rosi Campos interpretam o trio de protagonistas na comédia dirigida por Homero Olivetto (foto: Catarina Sousa/Divulgação)
As atrizes Arlete Salles, Susana Vieira e Rosi Campos interpretam Nina, Nelita e Rita, as “Amigas de sorte” na comédia dirigida por Homero Olivetto, com base no argumento de Fernanda Young e Alexandre Machado, que chega nesta segunda-feira (17/5) ao streaming – Now, iTunes, Looke, Sky, Oi, Vivo, GooglePlay. 

Roteirista de “Bruna Surfistinha”, o filme que o presidente Jair Bolsonaro quis transformar em bandeira de sua cruzada contra o cinema brasileiro, há cinco anos, Olivetto fez sua estreia em longas com “Reza a lenda”. 

Como o faroeste nordestino, estrelado por Cauã Reymond, era um filme de ação estiloso, muito bem fotografado e ambientado na áspera paisagem do sertão. O diretor agora muda o tom, e a paisagem. Três amigas, mulheres maduras, que embarcam numa jornada transformadora. 

Nina trabalha duro no restaurante da família e só encontra alento na ligação com Rita e Nelita. As três vivem apostando na Mega-Sena. Inesperadamente, ganham uma fortuna. Resolvem fazer uma loucura. Nina diz ao marido que o trio vai pescar no Pantanal, mas elas pegam um avião e rumam para o Uruguai, hospedando-se no chiquérrimo Hotel Casino, na Praia de Carrasco, numa suíte cuja diária custa a bagatela de R$ 15 mil. 

''Sempre quis fazer cinema, o cinema é que não queria saber de mim. Agora, estão me descobrindo. Além desse, tenho outro filme pronto para estrear, com a Vera Holtz e a Louise Cardoso''

Arlete Salles, atriz


MÃO DE VACA

Dinheiro não é problema, mas as amigas acusam Nina de ser mão de vaca. Arlete Salles diz que está feliz da vida com o papel. "Sempre quis fazer cinema, o cinema é que não queria saber de mim. Agora, estão me descobrindo. Além desse, tenho outro filme pronto para estrear, com a Vera Holtz e a Louise Cardoso", conta.

Outras três mulheres e a personagem de Arlete em “Tia Virgínia” se arrepende da vida que não viveu. Não é o que ocorre em “Amigas de sorte”. Terceira idade, melhor idade. "Não precisa colocar a idade que tenho, até porque, com todo esse desenvolvimento científico, as pessoas estão vivendo mais. Ainda vamos chegar aos 110 anos", brinca a atriz. 

Mas fala sério – "Temos de agradecer por estar sobrevivendo nesta tempestade (da pandemia). Sinto-me privilegiada por estar me cuidando, com minha família, e por poder levar um pouco de alegria às pessoas com nosso filme".

Rosi tem feito mais cinema do que Arlete e Susana. Achou o roteiro de “Amigas” bacana. Lusa Silvestre formatou o argumento de Fernanda e Machado. "Esse tema da amizade feminina é bem forte e verdadeiro. Sou a prova disso, porque continuo me relacionando com minhas colegas de escola. Quantos anos faz? Uns 40, e a gente segue se encontrando, agora não, por causa da pandemia, mas seguimos com nossos encontros on-line. O importante é compartilhar."

É o que fazem as “Amigas”. Susana, que vive a mais descolada, arranja um namorado jovem, interpretado por Klebber Toledo, com direito a reviravolta. "Para falar desse filme, tenho de falar dessas três atrizes maravilhosas. Foi um privilégio contracenar com elas. Aprendia o tempo todo", conta Toledo. 

DESCOLADA

O clima de descontração entre as amigas se reproduzia no set. "Todo mundo se divertia muito, mas com profissionalismo", destaca Rosi. "O Homero é um diretor muito cuidadoso. Cuida da imagem, do elenco. A Susana, que é a mais descolada das três, tinha sempre alguma ideia a acrescentar, e o Homero é receptivo. Foi uma época bem feliz, de troca para a gente."

Para quem está de quarentena, Arlete tem estado em evidência. A Globo reprisou “Fina estampa” na faixa das nove. Na novela de Aguinaldo Silva, ela fazia a taxista Vilma, amiga da Griselda de Lília Cabral. E, agora está no “Toma lá dá cá”, que a emissora reapresenta nas tardes de sábado. 

"O Miguel (Falabella) foi muito feliz naquele texto. É meio clichê dizer que certas personagens são presentes para atores, mas a Copélia foi. O tema da sexualidade das pessoas maduras é tabu na sociedade, como se velho não pudesse ter desejo. Miguel criou essa figura transgressora, e o público embarcou na nossa viagem”, diz a atriz. 

Para Arlette, “aquele condomínio Jambalaya virou um espelho do Brasil. Copélia poderia ser uma personagem chocante por sua liberalidade, mas as pessoas a adotaram. Mesmo muitos anos depois, ainda dava para sentir o carinho do público por ela e, agora, com a série no ar, o Miguel fica me falando das reações nas redes sociais. Sou meio trôpega com a tecnologia, mas ele diz que ainda estamos bombando”.

Em “Amigas de sorte”, Nina é nordestina – como Arlete –, às voltas com italianos numa cantina do bairro paulistano do Bexiga. Já viram a salada, não é? "Eu fazia meu melhor sotaque italiano, mas, de vez em quando, arranhava em alguma fala nordestina. Acho que essa descontração está na tela. O público vai gostar."

E Arlete revela: "Sempre fui muito tímida, então essas personagens me ajudaram a liberar facetas minhas que estavam reprimidas. A Nina é bem isso. A viagem termina sendo libertadora para ela. Aliás, para todas, mas eu posso dizer com certeza que a Nina que volta para casa no fim do filme é outra. O empoderamento é uma realidade que se manifesta até nas pequenas coisas do cotidiano. Com leveza, o filme mostra como o mundo e nós, as mulheres, estamos mudando". (Agência Estado)


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