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Estado de Minas MÚSICA

Festival Som Clube oferece shows on-line gratuitos de talentos de BH

Lamparina e A Primavera faz apresentação minimalista hoje. Agenda tem oficinas e performances de Adriano Campagnani e do grupo Túlio Araújo e Choro Amoroso


21/04/2021 06:00 - atualizado 21/04/2021 09:15

Lamparina e A Primavera aproveita o festival para divulgar singles lançados durante a pandemia (foto: Gabriela Otati/Divulgação)
Lamparina e A Primavera aproveita o festival para divulgar singles lançados durante a pandemia (foto: Gabriela Otati/Divulgação)

A banda Lamparina e A Primavera é a atração do Festival Som Clube, nesta quarta-feira (21/4) à noite. O evento on-line, que abre espaço para a cena musical de BH, vai oferecer oficinas e shows gratuitos até domingo (25/4).

Criado em 2000, o Som Clube apresenta nomes representativos da modernidade e pluralidade da música brasileira, destacando novos talentos e linguagens, além dos avanços tecnológicos no setor. Várias edições foram realizadas na Praça da Savassi, mas a pandemia impôs o formato on-line ao festival.

Acervo


O curador Rud Carvalho afirma que o modelo virtual possibilita “estender fronteiras” a partir do acervo on-line. “A gente acaba criando mais ferramentas de interação com o público. Passa a não ser apenas o público na Savassi, pois conseguimos levar a música de Minas para outros estados”, diz.

A agenda prevê três performances musicais, com cerca de 20 minutos, gravadas no Vento da Leste Bar, seguindo os protocolos de saúde. O show acústico da banda Lamparina e A Primavera será “bastante romântico”, antecipa o curador.

Com sete integrantes, o grupo fará apresentação intimista, que ficará a cargo dos vocalistas Marina Miglio, Hugo Zschaber e Cotô Delamarque. O repertório traz os últimos lançamentos – “Conversa fiada” e “Ligeiro” –, além de “Não me entrego para os caretas”, canção mais conhecida.

Desde 2020, o grupo vem fazendo pocket shows em lives. “Não tem nada a ver com a banda cheia, é uma coisa pequena. Acústico para muita gente nem faz sentido, mas é massa para lugares menores, pois fica mais intimista. Quando a gente põe só três (integrantes), vira uma coisa minimalista”, explica Cotô Delamarque, que tocou violão na gravação que será transmitida hoje. Ele é responsável pela guitarra, sintetizador e vocal da banda.

Na opinião de Delamarque, festivais como o Som Clube são úteis para divulgar singles produzidos durante o isolamento social. Por outro lado, o cantor estranha os shows sem a presença da plateia. “A gente se acostuma, mas não gosta não (risos)”, brinca. Durante os shows, os artistas permanecerão on-line para interagir com o público via chat, por meio do site Som Clube.

Na quinta-feira (22/4), será a vez de o baixista Adriano Campagnani representar os instrumentistas na programação. Cerca de 40% dos convidados para as edições presenciais do festival eram ligados à música instrumental. “Minas tem grandes talentos nessa área, eles deveriam ser mais valorizados. Um dos objetivos do nosso projeto é divulgar esse tipo de som”, comenta Rud Carvalho.

No domingo, Túlio Araújo e Choro Amoroso encerrarão o evento, promovendo o encontro entre a MPB e o samba. Túlio Araújo, Pablo Dias, Bruno Teixeira, Augusto Cordeiro, Pedro Gomes e Pablo Malta prometem repertório autoral e releituras de clássicos de Pixinguinha, Dominguinhos, Villa-Lobos, Tom Jobim, Milton Nascimento e Djavan.

As oficinas do Som Clube não exigem inscrição. A aula de percussão de Nara Torres, às 18h de sexta-feira (23/4), trará para o festival os ritmos do carnaval, festa cancelada pela pandemia. “A gente notou muitas pessoas com vontade de aprender sobre tambores e batuques para participar do blocos”, explica Rud Carvalho. Integrante do bloco Chama o Síndico, Nara Torres ensinará marchinha, samba, reggae, ijexá e funk, além das técnicas de cada tambor.

Eletrônica


No sábado (24/4), às 10h, o DJ João Nogueira, do coletivo Masterplano, vai comandar a aula de iniciação em produção, com foco na eletrônica. Rud Carvalho observa a forte presença desse gênero no funk e hip-hop, entre outras vertentes da música contemporânea. O festival recorreu a softwares gratuitos para a oficina de Nogueira, e o aluno utilizará o próprio computador.

Carvalho destaca a importância de festivais como o Som Clube por divulgar novos talentos e manter a cadeia produtiva ativa. “Artistas, fornecedores e equipes que executam eventos estão há mais de um ano sem oportunidade de trabalho. Então, essas lives são uma voz de resistência”, conclui.


Som Clube 2021

 
» Quarta (21/4)
Show de Lamparina e A Primavera, às 20h

» Quinta (22/4)
Show de Adriano Campagnani, às 20h

» Sexta (23/4) 
Disponibilização de conteúdos digitais da oficina de percussão, às 18h

» Sábado (24/4)
Disponibilização de conteúdos digitais da oficina de música eletrônica, às 10h

» Domingo (25/4)
Show de Túlio Araujo e Choro Amoroso, às 17h

Programação gratuita. Transmissão aqui.


*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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