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'Confronting a serial killer' esclarece assassinato de 93 mulheres nos EUA

Atração do Starzplay revela como a escritora Jillian Lauren descobriu os crimes cometidos por Samuel Little, o maior assassino em série americano


16/04/2021 04:00 - atualizado 16/04/2021 07:56

A escritora Jillian Lauren descobriu dezenas de assassinatos cometidos por Samuel Little, considerado o maior serial killer dos EUA(foto: STARZPLAY/DIVULGAÇÃO)
A escritora Jillian Lauren descobriu dezenas de assassinatos cometidos por Samuel Little, considerado o maior serial killer dos EUA (foto: STARZPLAY/DIVULGAÇÃO)

Joe Berlinger é hoje o nome mais importante na seara do true crime, segmento dedicado a histórias sobre delitos reais. Somente neste ano ele lançou duas séries documentais, “Cena do crime: Mistério e morte no Hotel Cecil” (direção e produção) e “O falsificador mórmon” (produção). Assinou a produção executiva de “Jeffrey Epstein: Poder e perversão”, fez um filme de ficção e uma série documental com Ted Bundy, já ganhou Emmy e foi indicado ao Oscar por “Parasite Lost 3” (2011), que encerrou a trilogia sobre um dos maiores erros jurídicos da história dos EUA.

Isso tudo é para dizer que em se tratando de crimes e psicopatas, Berlinger conhece o meio como ninguém. Sua nova incursão é “Confronting a serial killer”, série em cinco episódios que estreia neste domingo (18/4), na Starzplay.

VÍTIMAS

A trama tem dois protagonistas. O serial killer é Samuel Little (1940-2020), que foi condenado pelo assassinato de quatro mulheres, mas alegou ter matado 93 ao longo de quatro décadas. Quem fez com que ele reconstituísse sua história, algo que a polícia nunca conseguiu, foi a escritora Jillian Lauren. Além de abordar os crimes, a série dá luz à história das vítimas, mulheres geralmente marginalizadas que nunca foram prioridade para a polícia.

Aos 47 anos, Jillian tem uma trajetória fora da curva. Na juventude, viciou-se em heroína e viveu com um namorado abusivo. Já publicou três livros – em breve lança o quarto, “Behold the monster”, sobre Little. Ficou conhecida pelo best seller “Some girls: My life in a harem” (2010), em que conta como, aos 18 anos, enganada por um pretenso diretor de elenco, abandonou a escola de teatro em Nova York e foi para o outro lado do mundo. Durante um ano e meio, fez parte do harém do príncipe Jefri Bolkiah, irmão do sultão de Brunei.

Hoje casada com Scott Shriner, baixista da banda Weezer, gigante do rock alternativo dos anos 1990, ela é militante da adoção – vive com o marido e os dois filhos, adotados, em Los Angeles. É em primeira pessoa que a série tem início, com Jillian visitando, nos dias atuais, o lugar onde uma das vítimas de Little foi encontrada morta, nos anos 1980.

Preso em 2012, no Kentucky, Little foi transferido para a Califórnia. As acusações contra ele envolviam tráfico de drogas. Só que um teste DNA estabeleceu seu envolvimento no assassinato de três mulheres no Sul dos EUA, no fim dos anos 1980.

Em 2014, ele foi julgado e sentenciado a três prisões perpétuas sem possibilidade de condicional. O processo apontou que Little teria se envolvido em outros crimes do gênero. Até aquele momento, ele negava tudo.

À procura de uma grande história, Jillian Lauren conversou com Mitzi Roberts, detetive de homicídios da polícia de Los Angeles, que lhe revelou a prisão de que mais se orgulhava. Little já estava idoso, com a saúde debilitada (sofria de diabetes, tinha problemas no coração e vivia em uma cadeira de rodas), e a escritora decidiu investigar a história. Começa a trocar cartas com ele, até conseguir autorização para visitá-lo. Ela descreve o horror que sentiu no primeiro encontro com o presidiário.

No momento inicial, como havia feito até então, Little nega tudo. Mas o envolvimento com Jillian aumenta e, ao longo de 2018, ele passa a revelar as dezenas de assassinatos que cometeu.

Impressionam o período de atuação e a ficha corrida de Little. Preso pela primeira vez nos anos 1960, por roubo, até 1975 ele havia sido detido 26 vezes em 11 estados por diferentes crimes. Os assassinatos de mulheres tiveram início na década de 1970, mas somente com exames de DNA, a partir dos anos 1990, a polícia chegou ao nome dele.

SOBREVIVENTES

“Confronting a serial killer” vai tecendo esta história a partir das impressões de Jillian, das gravações que ela registrou com o assassino, dos depoimentos de familiares das vítimas e também das poucas mulheres abusadas que conseguiram sobreviver a Little.

Como é de praxe nas produções assinadas por Berlinger, há uma trilha sonora constante, que busca criar suspense, e algumas reconstituições. É uma jornada árdua, mas bem contada e com uma personagem forte à frente.

“CONFRONTING A SERIAL KILLER”
• Série documental em cinco episódios. Estreia domingo (18/4), na Starzplay. Um novo episódio será exibido a cada domingo.


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