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Estado de Minas PREMIAÇÃO

Globo de Ouro vira 'teste' para o cinema e confirma vigor da TV

Edição do Globo de Ouro testa a força do cinema, enquanto mostra o vigor do streaming. Netflix lidera indicações, mas produções independentes podem surpreender


28/02/2021 04:00 - atualizado 28/02/2021 08:51

Frances McDormand em
Frances McDormand em "Nomadland", de Chloé Zhao, desponta como favorito entre os que concorrem a melhor drama (foto: DISNEY/DIVULGAÇÃO )

Realizado em setembro como a primeira grande premiação ao vivo totalmente virtual, a experiência do 72º Emmy Awards mostrou que é possível fazer uma festa a distância que permaneça relevante para a audiência em casa. Neste domingo (28/2), o Globo de Ouro, em sua 78ª edição, tentará repetir a boa fórmula, abrindo oficialmente a temporada 2021 de premiações.

Mas será de maneira mais restrita do que a premiação da televisão. O evento, que começa a ser transmitido às 22h no Brasil pela TNT, quer ser exemplo para os outros que virão nas próximas semanas. Por meio de carta enviada aos indicados, a Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (HFPA) pediu que os participantes praticassem o isolamento social.

“Nossa visão para o programa é ter nossos indicados em lugares seguros, de preferência em seus lares, cercados apenas das pessoas que moram com eles. A produção não está confortável com qualquer outra aglomeração que não seja aprovada por nossa equipe.”

Não custa lembrar que o elenco do grande vencedor do Emmy, “Schitt’s Creek”, que levou praticamente todos os troféus dedicados a séries de comédia, estava reunido em uma festa privada em Toronto, onde os atores, produtores e diretores receberam os troféus.

Os premiados desta noite deverão fazer seus respectivos agradecimentos sozinhos, via videoconferência. A despeito da pandemia da COVID-19 que chega a um ano, o Globo de Ouro também tem que mostrar que, apesar de crise que ameaça a indústria cinematográfica – com fechamento dos cinemas, atraso de lançamentos e interrupção de filmagens –, o show tem de continuar.

E não custa lembrar que foram filmes e séries que salvaram o mundo inteiro de enlouquecer (ou simplesmente sucumbir ao tédio) durante o período em que houve fechamento quase total das cidades.

As apresentadoras da cerimônia, Amy Poehler e Tina Fey, estarão presentes no palco. Só que em dois. Poehler irá ao Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, o local onde a premiação ocorre todos os anos. E Fey ao Rainbow Room, no topo do Rockefeller Plaza, em Nova York, onde está a sede da emissora NBC. Alguns dos apresentadores de categorias irão a um dos dois locais. Entre eles estão Joaquin Phoenix, Renée Zellweger, Cynthia Erivo e Awkwafina.

O cinema está em crise, mas o streaming, com a pandemia, explodiu mundo afora. E predomínio de plataformas de streaming nas principais indicações reflete isto. A Netflix é campeã de nomeações, com 42 indicações. Vale dizer, no entanto, que nem todas são produções originais. Alguns filmes de estúdio, previstos para estrearem nas salas, foram vendidos para as plataformas, que se responsabilizaram por seus lançamentos.

Na categoria de filme em drama, a mais prestigiosa do Globo de Ouro, os dois maiores indicados são da gigante do streaming. De David Fincher, “Mank”, ironicamente, uma ode à Hollywood dos Anos Dourados, obteve seis indicações. Foi produzido pela Netflix, diferentemente do segundo em número de indicações, “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin, que foi adquirido pela plataforma da Paramount Pictures.

Mas as bolsas de apostas estão sinalizando que o prêmio principal deverá ir para o cinema independente. Com previsão de chegada aos cinemas brasileiros para 15 de abril, “Nomadland”, de Chloé Zhao, que acompanha uma mulher desempregada que se junta a uma comunidade de idosos idealistas e nômades nos EUA, é visto como potencial vencedor. Caso seja premiado, chegará à corrida do Oscar (as indicações saem em 15 de março) como nome forte.

Já nos longas indicados na categoria comédia ou musical, quatro também foram produzidos ou distribuídos pelo streaming: “Borat” (da Amazon Prime Video), “A festa de formatura” (Netflix), “Hamilton” (Disney+), “Palm Springs” (do Hulu, não disponível no Brasil). As indicações dão conta de que o segundo filme sobre o jornalista do Cazaquistão criado por Sasha Baron Cohen deve sair ganhador – e a sátira que eles faz do cenário político americano no falso documentário merece o prêmio.

Efeito pandemia foi  determinante para as escolhas

Indicado em seis categorias, %u201CMank%u201D, da Netflix, traz a ironia de ser uma ode à Hollywood dos Anos Dourados (foto: NETFLIX/DIVULGAÇÃO)
Indicado em seis categorias, %u201CMank%u201D, da Netflix, traz a ironia de ser uma ode à Hollywood dos Anos Dourados (foto: NETFLIX/DIVULGAÇÃO)

O Globo de Ouro tem poucos votantes – cerca de 90 jornalistas estrangeiros – e também um número menor de categorias, se comparado com o Oscar. São 14 para cinema e 11 para televisão, divididos entre comédia e drama. O prestígio da TV, já crescente desde a migração de grandes nomes do cinema, só aumentou com a pandemia, em que séries passaram a ser discutidas com o fervor de um final de campeonato de futebol.

Em drama, mais uma vez a Netflix domina a cena, com “The crown”, depois de sua quarta (e popular) temporada, recebendo seis indicações. Caso não leve a de melhor série de drama, deverá garantir ao menos a de atriz, já que são duas intérpretes concorrentes (com justiça) na principal categoria: Olivia Colman, como a Rainha Elizabeth e Emma Corrin, que mesmerizou os olhares com sua interpretação da Lady Diana. E ainda há Gillian Anderson como coadjuvante por sua encarnação de Margaret Thatcher.

A canadense “Schitt’s Creek”, já finalizada, concorre em cinco categorias de comédia. Tem ao menos um concorrente de peso: a novata “Ted Lasso”, da Apple . Ainda pouco conhecida no Brasil, a série sobre um técnico de futebol americano que vai para a Inglaterra treinar um time de futebol (e todos sabemos que, a despeito do mesmo nome, os dois esportes são totalmente diferentes) virou uma unanimidade da crítica e já teve duas novas temporadas confirmadas.

Já na seara das minisséries, há grandes concorrentes, como “Nada ortodoxa”, “Small axe” e “Normal people”, todas com uma pegada de produção independente. Mas a briga deverá ser entre dois arrasa-quarteirões, que figuram entre as maiores audiências de suas respectivas produtoras/exibidoras: “The undoing”, o novelão estelar da HBO, e “O gambito da rainha”, o drama sobre xadrez que virou o xeque-mate da Netflix.

78º GLOBO DE OURO
A cerimônia será transmitida neste domingo (28/2), a partir das 22h, no TNT

OS INDICADOS

CINEMA

Melhor filme 
(drama)
•Meu pai
•Nomadland
•Bela vingança
•Os 7 de Chicago
•Mank

Melhor filme 
(comédia ou musical)
•Borat
•Music
•Hamilton
•A festa de formatura
•Palm Springs

Melhor diretor
•David Fincher (Mank)
•Regina King 
(Uma noite em Miami)
•Aaron Sorkin 
(Os 7 de Chicago)
•Chloé Zhao (Nomadland)
•Emerald Fennell 
(Bela vingança)

Melhor ator 
(drama)
•Riz Ahmed 
(O som do silêncio)
•Chadwick Boseman 
(A voz suprema do blues)
•Anthony Hopkins (Meu pai)
•Gary Oldman (Mank)
•Tahar Rahim (The Mauritanian)

Melhor atriz 
(drama)
•Viola Davis (A voz suprema do blues)
•Andra Day 
(The United States vs. Billie Holiday)
•Vanessa Kirby (Pieces of a woman)
•Frances McDormand (Nomadland)
•Carey Mulligan 
(Bela vingança)

Melhor ator 
(comédia ou musical)
•Sacha Baron Cohen (Borat)
•James Corden (A festa de formatura)
•Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
•Dev Patel (A história pessoal de David Copperfield)
•Andy Samberg 
(Palm Springs)

Melhor atriz 
(comédia ou musical)
•Maria Bakalova (Borat)
•Kate Hudson (Music)
•Michelle Pfeiffer 
(French exit)
•Rosamund Pike 
(Eu me importo)
•Anya Taylor-Joy (Emma)

Melhor ator coadjuvante
•Sasha Baron Cohen 
(Os 7 de Chicago)
•Daniel Kaluuya 
(Judas e o Messias Negro)
•Jared Leto (Os pequenos vestígios)
•Bill Murray (On the rocks)
•Leslie Odom Jr. 
(Uma noite em Miami)

Melhor atriz coadjuvante
•Glenn Close 
(Era uma vez um sonho)
•Olivia Colman (Meu pai)
•Jodie Foster (The Mauritanian)
•Amanda Seyfried (Mank)
•Helena Zengel (Relatos do mundo)

Melhor roteiro
•Mank
•Os 7 de Chicago
•Nomadland
•Meu pai
•Bela vingança

Melhor filme de animação
•Os 2: Uma nova era
•Dois irmãos: Uma jornada fantástica
•A caminho da Lua
•Soul
•Wolfwalkers

Melhor filme estrangeiro
•La llorona (Guatemala)
•Nós duas (França)
•Rosa e Momo (Itália)
•Minari (EUA/Coreia do Sul)
•Druk – Mais uma rodada (Dinamarca)

Melhor trilha sonora
•Alexandre Desplat 
(O céu da meia-noite)
•Ludwig Göransson (Tenet)
•Trent Reznor (Mank)
•Trent Rezon, Atticus Ross, Jon Batiste (Soul)
•James Newton Howard (Relatos do mundo)

Melhor canção original
•Fight for you 
(Judas e o messias negro)
•Hear my voice (Os 7 de Chicago)
•Io Si (Rosa e Momo)
•Speak now (Uma noite em Miami)
•Tigress & tweed (The United States vs. Billie Holliday)

TELEVISÃO

Melhor série 
(drama)
•The crown
•Lovecraft country
•The Mandalorian
•Ozark
•Ratched

Melhor série 
(comédia ou musical)
•Ted Lasso
•The flight attendant
•The great
•Schitt’s Creek
•Emily em Paris

Melhor minissérie ou telefilme
•Normal people
•O gambito da rainha
•The undoing
•Nada ortodoxa
•Small axe

Melhor ator 
(drama)
•Jason Bateman (Ozark)
•Josh O’Connor (The crown)
•Bob Odenkirk 
(Better call Saul)
•Al Pacino (Hunters)
•Matthew Rhys (Perry Mason)

Melhor atriz 
(drama)
•Olivia Colman (The crown)
•Jodie Comer (Killing Eve)
•Emma Corrin (The crown)
•Laura Linney (Ozark)
•Sarah Paulson (Ratched)

Melhor ator 
(comédia ou musical)
•Nicolas Hoult (The great)
•Eugene Levy (Schitt’s Creek)
•Jason Sudeikis (Ted Lasso)
•Ramy Youssef (Ramy)
•Don Cheadle (Black Monday)

Melhor atriz 
(comédia ou musical)
•Lilly Collins (Emily em Paris)
•Kaley Cuoco 
(The flight attendant)
•Jane Levy 
(Zoey e a sua fantástica playlist)
•Elle Fanning (The great)
•Catherine O’hara 
(Schitt’s Creek)

Melhor ator em 
minissérie ou telefilme
•Jeff Daniels (The Comey rule)
•Hugh Grant (The undoing)
•Ethan Hawke (The good lord bird)
•Mark Ruffalo 
(I know this much is true)
•Bryan Cranston (Your honor)

Melhor atriz em 
minissérie ou telefilme
•Cate Blanchett (Mrs. America)
•Daisy Edgar-Jones 
(Normal people)
•Shira Haas (Nada ortodoxa)
•Nicole Kidman (The undoing)
•Anya Taylor-Joy 
(O gambito da rainha)

Melhor ator coadjuvante
•John Boyega (Small axe)
•Brendan Gleeson (The Comey rule)
•Dan Levy (Schitt’s Creek)
•Jim Parsons (Hollywood)
•Donald Sutherland 
(The undoing)

Melhor atriz coadjuvante
•Gillian Anderson 
(The crown)
•Helena Bonham Carter 
(The crown)
•Julia Garner (Ozark)
•Annie Murphy (Schitt’s Creek)
•Cynthia Nixon (Ratched)


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