(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cantora e violonista tentam fazer da voz um instrumento no CD 'D'Aguera'

Primeiro trabalho de Ricardo Radik e da paulista Beatriz Tomaz conta com a participação de Guinga, Dante Ozzetti e Benjamin Taubkin


postado em 29/01/2020 04:00 / atualizado em 29/01/2020 17:50

Ricardo Radik e Beatriz Tomaz se conheceram em 2016, em São Paulo, e decidiram trabalhar juntos. D'Aguera é o primeiro álbum do duo (foto: Ale Ruaro/Divulgação)
Ricardo Radik e Beatriz Tomaz se conheceram em 2016, em São Paulo, e decidiram trabalhar juntos. D'Aguera é o primeiro álbum do duo (foto: Ale Ruaro/Divulgação)

Um disco que celebra ritmos como o samba, o jazz, o maracatu e o baião. Assim é D'Aguera, do brasiliense Ricardo Radik e da paulista Beatriz Tomaz, lançado pelo selo Tratore. O álbum traz as participações do compositor e violonista carioca Guinga, do compositor paulista Dante Ozzetti e do pianista, compositor e arranjador paulista Benjamin Taubkin. Beatriz é cantora, preparadora vocal e compositora; e Radik, violonista e compositor.

“Realizamos os nossos trabalhos já há algum tempo, mas este é o nosso disco de estreia”, diz ele. Radik se mudou de Brasília para o Rio de Janeiro, onde participou de várias bandas de rock. “De lá fui para os Estados Unidos, morar na Califórnia, onde gravei em 2011 Pêra, meu primeiro álbum autoral”, conta.

Beatriz é cantora há bastante tempo em São Paulo e vem trabalhando também na área de preparação vocal, além de participar do grupo de dança Companhia Mulheres em Movimento. “Nos encontramos em 2016, quando voltei dos Estados Unidos para morar em São Paulo. Percebemos que tínhamos interesses em comum. A partir daí, começamos a nos reunir e criar juntos”, diz o violonista.

No início do ano passado, depois de gravar três músicas em um CD demo, o duo se animou com o resultado e decidiu partir para o CD. “Resolvemos chamar o André Hosoi, que é músico, compositor, arte-educador e coordenador geral do grupo Barbatuques, para produzi-lo. Decidimos também chamar outras pessoas para fazer parte do trabalho.”

CONVITES 

Superfãs de Guinga, Ricardo e Beatriz decidiram tentar incorporá-lo ao projeto. “Eu já o conhecia da Califórnia. Conversei com ele e propus gravar uma música dele, com sua participação, e ele aceitou na hora. Assim gravamos Visão de cego (Guinga/Aldir Blanc), que só tinha sido gravada uma vez, em 1993, no álbum Delírio carioca (Velas), de Guinga. É uma música lindíssima, e conseguimos fazer a gravação juntos com ele, tocando e cantando.”

Taubkin foi convidado a participar da gravação de Desert rapids, faixa que abre o CD e que foi inspirada nos ventos e forças do deserto. “Além dele, convidamos também o Ozzetti, que ouviu e gostou muito do nosso trabalho. São três caras fenomenais, resolveram apostar neste trabalho.”

O instrumentista e a cantora já têm outras músicas compostas para um próximo trabalho. “Nosso intuito é experimentar outras coisas também, como instrumentos e outras pegadas. Gostamos muito de usar as nossas vozes como um instrumento, como aparece na primeira e última faixas do disco. Essas duas músicas trazem bem o objetivo musical que a gente vislumbra. Queremos trabalhar assim; no entanto, a canção para nós é muito importante, porque faz parte da alma brasileira”, afirma Radik.

Ele diz que tanto ele quanto Beatriz Tomaz têm influência de grandes artistas da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Bosco, Djavan e Milton Nascimento. “O nome D'Aguera vem de água. A ideia é essa questão do fluir, de se encaixar como a água, preencher o espaço como água, passar por tudo e não ser nada ao mesmo tempo, de ter essa flexibilidade. A primeira faixa traz bem esse sentido.”

D'Aguera
. Tratore (8 faixas)
. R$ 25
. Disponível nas plataformas digitais


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)