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Estado de Minas SAÚDE

Homem morre de overdose de cafeína e médico alerta sobre o estimulante

O britânico saudável morreu após ingerir acidentalmente uma quantidade exorbitante do pó de cafeína


03/03/2022 17:18 - atualizado 03/03/2022 23:59

 

Café e saúde do coração
Cafeína favorece o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. (foto: Pixabay/Divulgação )

 

Um personal trainer de 29 anos morreu após calcular mal a quantidade de pó de café que usar e acabar tomando o equivalente a 200 xícaras de café. O menor peso medido pela balança usada era mais de seis vezes a dose máxima recomendada.

 

“Overdose de cafeína é rara, mas pode acontecer, e este não foi o primeiro caso. Houve casos no Japão, Londres e Estados Unidos, então é preciso ficar atento a isso. O consumo de cafeína em excesso é uma imprudência que pode causar complicações como arritmia e picos de pressão arterial”, alerta o cardiologista Roberto Kalil.

 

O inquérito judicial revelou que o pai de dois filhos, Tom Mansfield, de Colwyn Bay, passou mal após tomar a bebida no início de janeiro. Tom havia comprado um pacote de pó de cafeína, na Blackburn Distributions, para fazer batidas de suplementações caseiras.

 

A viúva Suzannah Mansfield contou que seu marido, que sempre foi muito saudável, após tomar o “Shake da morte”, começou a apertar o peito e reclamar que seu coração estava batendo rápido demais. Minutos depois, ele foi se deitar e começou a espumar pela boca. Ao perceber que algo não estava certo, a até então esposa do personal saiu pelas ruas pedindo ajuda aos vizinhos e familiares e chamou uma ambulância.

 

Os paramédicos tentaram ressuscitá-lo por 45 minutos com um desfribilador após perceberem o ritmo absurdamente anormal do coração, mas Mansfield acabou sendo declarado morto no Hospital Glan Clwyd em Bodelwyddan, Denbighshire. O médico legista responsável, John Gittins, chegou à conclusão de que se tratou de uma fatalidade e afirmou que a causa da morte foi a toxicidade da cafeína.

 

A autópsia mostrou que Mansfield tinha níveis de cafeína de 392mg por litro de sangue, enquanto um nível considerado normal seria de 2 a 4 miligramas por litro, se alguém tivesse bebido uma xícara de café filtrado. O legista disse que parecia que Mansfield estava tentando obter "a média da dose recomendada", mas "errou na matemática" e houve "consequências não intencionais" que tiveram um efeito fatal.

 

O diretor da empresa onde o saco de 100g do pó de cafeína foi comprado, Bem Blackburn, disse, em comunicado lido na audiência, que a substância deveria ser pesada com duas casas decimais em miligramas e a dosagem sugerida era de 60-300mg de pó até duas vezes ao dia. Ele completou dizendo que a empresa não incluía colheres medidoras na embalagem porque nem sempre são precisas, que mudaria isso agora.

 

 

Até o momento da morte de Mansfield, instruções e avisos sobre o consumo e potenciais efeitos colaterais não estavam regulamentados no pacote do produto.

 

A cafeína promove a liberação de hormônios de excitação, como a adrenalina e a noradrenalina, o que favorece o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. 

 

Segundo o cardiologista, arritmias e a elevação da pressão arterial são os efeitos mais comuns de um consumo exagerado do estimulante. Ele recomenda que seu consumo seja moderado, e que se busque mais energia também nas caminhadas e exercícios físicos.

 

 

 

 

 


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