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Estado de Minas SAÚDE E BELEZA

Cabelos: o que suas madeixas revelam sobre você?

O cabelo é símbolo de beleza desde a Antiguidade, mas muitos só se preocupam com a estética e se esquecem de que alterações nos fios podem indicar doenças


23/05/2021 09:20 - atualizado 23/05/2021 09:31

Os cabelos dão pistas tanto de uma sociedade (como faz as vestimentas), como revela sinais de bem-estar, estilo de vida e de um organismo saudável (foto: Ryan Mcguire/pixabay)
Os cabelos dão pistas tanto de uma sociedade (como faz as vestimentas), como revela sinais de bem-estar, estilo de vida e de um organismo saudável (foto: Ryan Mcguire/pixabay)


Moldura do rosto, historicamente, o cabelo já foi considerado símbolo de força, poder, masculinidade e domínio para o homem; e de sedução, sensualidade, feminilidade e até fertilidade para as mulheres.

De Afrodite, deusa da mitologia grega, que cobria a nudez com seus longos cabelos loiros, até Sansão, o herói bíblico que tinha uma força incomparável graças aos seus cabelos, a verdade é que as madeixas sempre tiveram lugar de destaque, atenção e significados para ambos os sexos na história da humanidade.

Os cabelos se vestem de sinal de condão e situação social, assim como representam beleza, autoestima, vaidade, imagem, forma de expressão, de rebeldia, fé e também saúde.
 
Os cuidados com os cabelos não são apenas uma preocupação estética. Com as descobertas da medicina e o desenvolvimento da indústria cosmética, surgem novidades importantes que se tornam aliadas e ferramentas para a manutenção, preservação e tratamento dos fios e do couro cabeludo, muitas vezes negligenciados e que podem afetar a saúde do corpo.

Os cabelos dão pistas valiosas tanto de uma sociedade (como faz as vestimentas), como revela sinais de bem-estar, estilo de vida e de um organismo saudável.
 
A fibra capilar é composta por uma proteína insolúvel e ultrarresistente, a queratina, que tem capacidade de armazenar informações toxicológicas e revelar hábitos alimentares. Um dos casos mais famosos é o de Beethoven.

As madeixas do compositor permitiram, 178 anos após a sua morte, descobrir que havia uma alta concentração de chumbo no organismo, possível causa de seus males no abdômen. Nos dias de hoje, há inúmeras pesquisas e aplicações para lidar com a saúde dos fios com diagnósticos imediatos.
 
Por isso, a importância de estar atento aos cabelos diante de doenças (seja dos fios ou do couro cabeludo) como psoríase, foliculite, dermatite seborreica, pitiríase, todas facilmente “confundidas” como uma simples descamação, mas que negligenciadas podem chegar a quadros graves que acometem outras áreas e perdas de cabelos expressivas.

Os cabelos também podem dar sinal de doenças como tireoide, lúpus eritematoso, desnutrição e até algumas doenças genéticas, mais raras.

Há ainda fatores nutricionais ou hormonais, doenças de base autoimunes e até poluição. Pesquisa de 2019 da Future Science Research Center, na República da Coreia, mostrou que a exposição a poluentes do ar está diretamente ligada à perda de cabelo.

O Bem Viver conversou com especialistas para alertar sobre os cuidados com os cabelos e personagens que contam a relação com os fios e como os mantêm saudáveis.
 
A dentista Carolina Abreu, especialista em prótese dentária e sócia da clínica Espaço Sorriso Odontologia Especializada, conta que tem uma relação forte com seus cabelos, “pois são a moldura do rosto. Se eles estão bonitos, me sinto bem. Agora, quando estão naqueles momentos de bad hair day, a solução é prender um coque ou um rabo até que eu possa dar um cuidado especial”.

Mas, segundo ela, nem sempre a relação foi só de amor: “Bebê, eles eram cacheados e castanhos até os 3 anos, quando começaram a ficar loiros, lisos e volumosos. Minha mãe sempre cuidava, fazia hidratações caseiras, mandava cortar a franja e repicar as pontinhas, amava aquele cabelo.
 
Na adolescência, os fios foram ficando mais ondulados. "Nesse mesmo período, cismei de cortar a franjinha falsa da Sandy, minha mãe aconselhou a não fazer, insisti e lá fui eu. Mas a franja ficou toda enrolada e todos riram de mim na escola. Passei a prendê-la até que crescesse. Depois desse bullying traumatizei com franja, nunca mais cortei curtinha. Durante a adolescência, com o cabelo volumoso e para mim indefinido, só andava com ele preso. Até que comecei a deixar crescer, aprendi a fazer escova e prancha para domar os cabelos e usar de acordo com o padrão das meninas da escola, liso.”

QUADRO INFLAMATÓRIO


Dentista Carolina Abreu conta que, na terapia capilar, fez tricoscopia e usou vários procedimentos para a melhora de um quadro inflamatório, como laser, blend de óleos essenciais(foto: Arquivo Pessoal)
Dentista Carolina Abreu conta que, na terapia capilar, fez tricoscopia e usou vários procedimentos para a melhora de um quadro inflamatório, como laser, blend de óleos essenciais (foto: Arquivo Pessoal)
Desde então, eram raras as vezes em que Carolina não secava e usava a prancha. Ao entrar na faculdade, aos 20 anos, ela se lembra de que descobriu a escova progressiva, e achou o máximo poder manter o cabelo liso e bonito. Ela diz que fazia química de três em três meses para alisar e depois começou a fazer luzes também.

“Com o tempo, o cabelo foi perdendo um pouco do volume, mal sabia eu que era por causa de tanta química. Por fazer progressiva, pude cortar o cabelo curto e me achei linda com o corte long bob. Usei química para alisar até 2019, quando resolvi aceitar meu cabelo como ele é e cuidar de forma mais natural.”
 
Com “novos” fios, Carolina montou sua rotina de cuidados: “Em casa, lavo dia sim, dia não. Sempre uso leave in e óleos antes de secar e procuro usar alguma máscara uma vez por semana. Durante a pandemia os cuidados se intensificaram, pedi indicações de cremes para minha terapeuta capilar, segui algumas dicas dela, além de começar a fazer terapia capilar para tratar o couro cabeludo, pois desenvolvi caspa e pietra, um tipo de caspa mais durinha”.
 
Já no salão, a dentista destaca que, depois de descobrir a terapia capilar, é o que mais gosta de fazer. A terapia é para cuidar do couro cabeludo e consequentemente da saúde dos fios como um todo. E, de brinde, conta que ganha massagem, cafezinho e biscoitinho em todas as sessões, “é o meu momento”.

“Fechei um pacote completo com minha terapeuta capilar. Na primeira sessão, ela fez a tricoscopia, que detectou pontos de inflamação do couro cabeludo e então usou vários procedimentos para a melhora desse quadro inflamatório, como laser, blend de óleos essenciais, cada um com uma função diferente, radiofrequência, entre outros procedimentos incríveis, que fizeram um bem danado ao meu cabelo. A coceira que sentia diminuiu e o cabelo começou a crescer, estou cheia de fios novos, mas ao contrário do que sentia na adolescência, agora os acho lindos.”


TRANSFORMAÇÃO E AUTOESTIMA

 
Já a empresária Renata Paixão, dona da marca Renata Paixão Joias, não esconde que sempre foi muito apegada com cabelo, sempre gostou de cuidar, de cabelão, e de estar com ele bonito e arrumado. “Acho que cabelo é o charme da mulher.” Ela lembra que, criança, sofria por ele não crescer; adolescente, não gostava dele cacheado. Já entrou em várias brigas e foi resolvendo com tratamentos e pintando.
 
Empresária Renata Paixão destaca que a terapeuta capilar indicou xampu, condicionador, máscaras e finalizadores certos para seu tipo de cabelo (foto: Arquivo Pessoal)
Empresária Renata Paixão destaca que a terapeuta capilar indicou xampu, condicionador, máscaras e finalizadores certos para seu tipo de cabelo (foto: Arquivo Pessoal)
Renata conta que, apesar de amar seu cabelo, só agora tem tido mais atenção com a saúde dos fios. Em casa, nunca foi de cuidar muito, era qualquer xampu e condicionador e um óleo apenas. Na pandemia, foi se virando com alguns cremes de hidratação e dicas de internet.

“Depois que conheci a terapeuta Raísa Helen, estou com xampu e condicionar que são para meu tipo de cabelo, máscaras e finalizadores certos. Mas quando vou ao salão, busco tratamentos que diminuem volume e que tratam os fios, porque, como faço luzes, ele vivia ressecado e rebelde.”
 

Meu cabelo estava ressecado, com pontas duplas, sem volume e caindo muito. Sem vida. Com o tratamento, ele voltou o volume, está com brilho e macio e parou de cair

Renata Paixão, empresária

Renata enfatiza que tem percebido os cabelos mais saudáveis depois que fez terapia capilar e corte terapêutico, que tratou desde o couro cabelo até as pontas.

“Meu cabelo estava ressecado, com pontas duplas, sem volume e caindo muito. Sem vida. Com o tratamento, ele voltou o volume, está com brilho e macio e parou de cair. Foi um tratamento bem necessário. Quanto às mudanças, não faço tanto. Sofri tanto quando pequena que ele não crescia, que hoje em dia morro de medo de cortar. Mas acredito que essa transformação vai de acordo com as fases da mulher. Precisamos de algumas mudanças para melhorar a autoestima, não é mesmo?”
 
 
 


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