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Estado de Minas Psicologia positiva

Quando a raiva bate, o que devemos fazer?


30/04/2023 04:00
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Onça
(foto: Pixabay)


Ninguém está imune de sentir raiva, tristeza ou medo, pois todos são sentimentos genuínos do ser humano. Todos devemos sentir raiva, sim, tristeza e medo também!

Faz parte de se dar permissão para ser humano. O que não podemos é fingir que não sentimos. Isso adoece. A dor fica dentro de nós e podemos com o tempo criar sintomas como forma de mostrar alguma emoção retida.

Imagine uma mangueira de água. Se interrompemos o fluxo natural do jato de água, ela vai se encher até explodir em algum ponto. O mesmo acontece com o ducto das emoções se pudermos fazer uma analogia. Se você não expressa algum tipo de emoção por vergonha, por não querer machucar alguém ou outro motivo qualquer, quem sairá prejudicado? Somente você mesmo.

Então, permita-se poder falar de suas emoções e sentir raiva, tristeza, medo e alegria com carinho aos seus sentimentos. Devemos aprender a receber nossas emoções e saber expressar de forma correta. Não estou dizendo aqui para sair colérico de raiva, aos berros, soluçando de tristeza e nem ficar só tremendo de medo. Expressar é falar do sentimento, é acolher quando ele aparece. É sentir e dar-se um tempo.

Então, o que quero dizer é que devemos sentir, mas também acolher sentimentos - o que é bem diferente de sair descabelando ao ter alguma dessas emoções básicas citadas.

O contrário, por exemplo, sair falando raivosamente, cometer atos impensados na hora da cólera por sentir-se prejudicado. Esbravejar só trará malefícios ao seu corpo, a mais ninguém. Um minuto apenas de muita raiva já desregula o sistema de hormônios liberados em nosso corpo. 

Vamos liberar mais cortisol para entrar em “luta ou fuga”, pois a raiva vem alertar nosso sistema nervoso central que tem algum perigo nos rodeando. Dessa maneira, sentir raiva, sair dizendo besteiras e cometendo atos impensados acaba com a nossa saúde física e nos deixa depois de ressaca moral dependendo do que falamos.

Quando nos sentimos ameaçados, injustiçados, ou alguém faz algum mal a nossa pessoa ou aos nossos entes queridos, vamos sentir raiva. Isso é o normal. Falar do problema, desabafar na hora rapidamente com uma pessoa amiga, tudo bem. O que está errado é ficarmos enfurecidos, loucos e nos deixarmos agir sem pensar e sem julgamento. Nessa hora, o que nos domina é nosso hemisfério direito do cérebro, e agimos com muita emoção e às vezes até sem razão. 

Como controlar esses ataques de raiva?

O ser humano consegue voltar ao seu eixo normal se desviar do assunto. Muitos até dizem, vou dormir com isso, pensarei um pouco, vou tomar um banho, vou dar um tempo...são as melhores respostas e um bom isolamento por algum tempo. O hemisfério direito “desaquece” e voltamos a raciocinar com o córtex pré-frontal do lado esquerdo do cérebro. 

E quando assim fazemos, as respostas são mais racionais e mais elaboradas. Portanto, não é engolir a raiva, de jeito algum! É sentir, ver que está sentindo, pausar o que está fazendo. Dar um tempo, uma noite de sono, ouvir um conselho de um amigo, desabafar com alguém imune à situação...algo assim que acalma nossa mente e nos coloca amparados, num contexto de segurança. Deste lugar mais acolhido e seguro, conseguiremos ter uma boa resposta à raiva que no momento sentimos.

Muitos são aqueles que se arrependem amargamente das palavras ou atos impensados na hora da raiva. O melhor jeito é dar aquele tempinho para o cérebro se acalmar e conseguirmos usar o bom senso.

Fica a dica: está com raiva, dê uma pausa. Pense em outras coisas. Saia e passeie na natureza, tome um banho, durma e resolva só no outro dia. Seu corpo agradece você por não enchê-lo de cortisol, hormônio do estresse. 

Com os outros sentimentos, como tristeza e medo, faça o mesmo. Se dê um tempinho. A mente busca novos caminhos!

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