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Estado de Minas VIDA POSITIVA

Depressão, neuroplasticidade e positividade

Podemos desenvolver áreas de nosso cérebro e aumentar as conexões positivas se exercitarmos algumas premissas que as pessoas mais otimistas já fazem


postado em 20/10/2019 04:00 / atualizado em 18/10/2019 19:32




Neuroplasticidade é a capacidade de cada célula do cérebro, o neurônio, de aumentar suas conexões. Ou seja, expandir sua capacidade de levar mensagens pelo cérebro e pelo corpo. O corpo de um neurônio é como uma estrela, em sua cabeça temos dendritos, ramificações que podem se expandir ou reduzir de tamanho. Vemos que, na depressão, há uma redução acentuada dessas ramificações e, consequentemente, uma diminuição de muitas atividades cerebrais importantes à vida e principalmente ao bem-estar.

Podemos expandir essas conexões por meio de exercícios simples da psicologia positiva. A positividade pode ser aprendida, como nos ensina o Dr. Martin Seligman, o disseminador dessa boa nova ao mundo. Não se trata de autoajuda, mas muito mais que isso. Ciência mesmo! Podemos desenvolver áreas específicas de nosso cérebro e aumentar as conexões positivas se exercitarmos algumas premissas que as pessoas mais otimistas já fazem. Vemos em algumas cidades que a população delas é mais longeva, as pessoas são mais felizes, adoecem menos e têm ótimos relacionamentos. Dan Buttner estudou e escreveu a respeito em seu livro The blue zones. Okinawa, no Japão; Loma Lima, na Califórnia, USA; uma cidadela da Sardenha, na Itália; um vilarejo em Costa Rica. O que as pessoas mais longevas dessas cidades fazem em comum? Algumas premissas como alimentação saudável, bons relacionamentos, meditação ou oração, exercícios físicos.

Podemos, por meio desses exemplos, ajudar as pessoas deprimidas aqui no Brasil. Sabemos que as doenças psiquiátricas estão entre as mais incapacitantes do mundo, com destaque para a depressão e a ansiedade, bem como transtorno afetivo bipolar e abuso de substâncias. Apesar do constante avanço na psiquiatria, com excelentes medicações, os impactos na qualidade de vida, na funcionalidade do paciente ansioso e deprimido e em suas relações psicossociais são evidentes.

O transtorno depressivo acomete cerca de 121 milhões de pessoas no mundo. Em geral, apresentam humor deprimido, perda de prazer e interesse, diminuição da energia, sentimento de culpa ou baixa autoestima, distúrbio de sono ou do apetite e falta de concentração. A depressão pode ser duradoura ou recorrente. Em uma forma mais grave, pode levar ao suicídio.

Em 2017, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma pesquisa sobre as doenças psiquiátricas mais comuns que afetam a população mundial: transtornos depressivos e ansiosos. E, pior, de acordo com essa mesma pesquisa, o Brasil lidera a prevalência de transtornos de ansiedade, numa taxa de 9,3%, e depressão, em 5,8%. Muito maior do que em todo o mundo! Por que isso? Pelos perigos e a vida que levamos aqui. Muito desemprego, assaltos, vivendo assim em sobressalto, nossas vidas correm mais risco. Além da jornada tripla que muitos fazem. Desgaste exagerado.

Sabemos que tais transtornos se originam de várias causas, além da genética. O estresse da vida atarefada, a falta de sono, o trabalho extra para cobrir as receitas e pagar as despesas da casa têm sido fatores que cooperam para o maior índice mundial ser aqui em nossa terrinha. Que pena!

Além disso, a doença depressiva acaba causando um desequilíbrio hormonal, com aumento da produção do hormônio do estresse, o cortisol. Um vilão quando fabricado em excesso. Acaba trazendo doenças inflamatórias, não somente ao cérebro, mas a todo nosso corpo. Ataques cardíacos, doenças degenerativas cerebrais, diabetes, cólon irritável, dores crônicas, enxaquecas, piora no quadro depressivo, baixa imunidade, doenças de pele, alergias e muito mais.

Você se encaixou em algum lugar?

O que podemos fazer? Nas pílulas de felicidade, deixarei as dicas mais importantes.

O que o nosso cérebro precisa é de exercitar caminhos neuronais mais saudáveis. Como um aprendizado. Quanto mais se repete, mais se aprende, e pode-se aprender devagar, um novo hábito por vez. Os nossos neurônios levam algum tempo para conseguir aumentar suas conexões, por isso não adianta querer fazer exercícios por um a dois meses e depois desistir. São hábitos para sua vida, todos os dias, como uma medicina preventiva. Criar a neuroplasticidade e desenvolver a circuitaria cerebral leva tempo. Como a musculação precisa ser treinada sempre para aumentar o volume do músculo, seu cérebro precisa treinar sempre os novos hábitos saudáveis que trarão um foco mais positivo à vida e muita saúde.

Vai querer? Faça esta lista abaixo sempre e, depois de alguns meses, me conte se sua vida melhorou!


 
 
Pílulas de felicidade:

Uma mudança radical de vida é o ideal

Desacelerar. Fazer uma tarefa de cada vez. Podendo até ter muitas tarefas, mas desde que faça uma por vez

Ter bons relacionamentos e cultivá-los

Meditar diariamente. Use aplicativos no seu celular. Temos vários

Praticar ioga pelo menos duas vezes na semana

Exercitar-se pelo menos três vezes por semana

Alimentar-se bem e saudavelmente
Dormir mais cedo, acordar mais cedo

Praticar a generosidade, faça uma gentileza, um favor, uma ajuda, algumas vezes na semana

Dar-se permissão para ser humano e pedir ajuda sempre que precisar, deixando sair de você a raiva, a tristeza e o medo

Tempo de qualidade. Leia mais. Diminua seu tempo no celular e nas redes sociais, converse mais, abrace mais. O contato físico é muito importante. Aconchego.
 

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