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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Ainda não foi desta vez, mas o América está perto da reação

Mesmo com mais um empate fora de casa, time de Vágner Mancini sinaliza que está ajustando sua engrenagem


03/08/2021 04:00 - atualizado 03/08/2021 07:53

Em Goiânia, o Coelho ficou no 1 a 1 com o Atlético-GO: equipe vem mostrando evolução, com chance de subir na tabela (foto: Marina Almeida/América)
Em Goiânia, o Coelho ficou no 1 a 1 com o Atlético-GO: equipe vem mostrando evolução, com chance de subir na tabela (foto: Marina Almeida/América)

Eu já falei aqui que empate em torneio de pontos corridos não faz tanta fartura. Mesmo assim, é preciso olhar a circunstância e o panorama geral. O América ficou muito próximo de ganhar do Atlético-GO no domingo e isso talvez traga um gosto amargo. Mas, no final das contas, mais um empate fora de casa indica que a engrenagem da máquina do time está se ajustando.

Algumas peças ainda precisam, e muito, serem azeitadas. Não me conformo com esse sistema de três zagueiros, que me parecem bater cabeça, meio sem saber onde precisam estar. Vira e mexe, mesmo com o Ademir e o Patric na direita, a gente vê o Bauermann se aventurando loucamente na lateral, deixando um buraco imenso e todo o peso em cima do Ricardo Silva que, embora sem muita técnica, tem mostrado esforço e combate.

Patric estreou bem, mostrou que é jogador de grupo, se apresentou para o jogo e somou. E, no final, quase deixou o dele! Fabrício Daniel está cada vez mais adaptado ao sistema do Mancini e joga com personalidade. Deixem o homem quieto ali. A lateral esquerda, com Alan Ruschel, segue naquele morno feijão com arroz, às vezes, só o feijão, e frio, a bem da verdade, com algumas deficiências na marcação, cruzamentos medianos e pouco combate na zaga.

Ademir, que agora completou seu sétimo jogo pelo Coelho no Brasileirão e ficará ainda neste ano no América (Galo só 2022), segue como aquela pimenta necessária, o tempero fora da curva. É só entrar que a fumaça é garantida. Perigoso no ataque e, quando acionado, fazendo o serviço dele. Jogador para ser titular até o fim da temporada, sem invenção de moda.

Sinto grande falta de Zé Ricardo, como motorzinho do meio de campo, e defensor da zaga – e olha que estamos precisando muito dessa cobertura. Juninho, o guerreiro versátil, entrou no final com muito mais movimentação do que Alê, que, embora tenha habilidade, costuma travar demais nosso jogo.

E já que estamos fazendo uma avaliação mais pontual desta vez, precisamos reconhecer que o Felipe Azevedo cumpre bem sua função tática. Jogador disciplinado e agudo. Em um time organizado, tem sempre muito a contribuir.

Ainda com relação ao ataque, Rodolfo segue devendo e se mostra ainda “mordido” com as atuações anteriores que não estão à altura do futebol dele. Aqueles pênaltis perdidos em momentos cruciais na final do Mineiro e na Copa do Brasil persistem assombrando o cascudo atacante americano, que ainda vai matar essa sede de gols, espero.

Enquanto isso, a gente reúne todas as forças agora para finalmente ganhar um jogo em casa, contra o Fluminense, no próximo domingo. Mais uma semana cheia para corrigir os erros e seguir no paciente e desafiador processo de criar um time que tenha uma cara definida, uma equipe da qual podemos esperar um futebol com padrão e coerência, sem bizarrices.

O resultado de domingo não foi ruim, mas, se pensarmos em termos de Z-4, ainda seguimos por lá, rodada a rodada, calvário difícil de engolir. A diferença para os outros anos em que caímos, imagino, é que estamos desta vez construindo uma perspectiva para, na hora certa, ascender e deixar a zona para nunca mais voltar, até o fim da competição. Melhor assim. Saudações americanas!








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