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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Vale até divã pro América voltar a vencer o Atlético

Não importa qual a saída. Se sal grosso, coaching, terapia. Fato é que o Coelho precisa tirar essa zica de não derrotar o rival alvinegro


13/07/2021 04:00

No último duelo, agora no Independência, novo revés: América chegou a 17 partidas sem triunfar sobre o Atlético(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
No último duelo, agora no Independência, novo revés: América chegou a 17 partidas sem triunfar sobre o Atlético (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)

Dizer que “nem Freud explica” é chover no molhado. O caso do América é mais grave e hoje a gente vai precisa colocar o Coelho no divã. Meu Deus. Aliás, Deus não tem nada a ver com isso. Olha só, caro torcedor, eu vou te falar com toda neutralidade e sensatez do mundo, e não é figura de linguagem não: prefiro enfrentar o Real Madrid ao Atlético Mineiro.

A gente não entende mesmo o que ocorre. Queria aqui te dar uma justificativa aceitável, mas não dá. Contra nosso maior rival, que hoje em dia tem pouco medo da gente, é sempre assim, uma sina. Quando jogamos bem, a sorte não ajuda. Se a sorte ajuda, a arbitragem atrapalha – o que não ocorreu desta vez, sejamos francos.

Parece-me mesmo uma maldição. Alguma coisa inexplicável acontece quando o América enfrenta o Atlético. E nem vou recorrer àquelas superstições de cabeças de burro enterradas na grama porque eles também jogam no nosso estádio. Como raios a maldição iria saber quem prejudicar? Seria muita sacanagem, cá entre nós. É rir mesmo, para não chorar.

Nos esforçamos de uma forma diferente, tivemos solidez no meio, incomodamos, tentamos de tudo. E aí, eles jogam tranquilos, com a certeza de que, como um passe de mágica, uma inércia inexorável (falei bonito para espantar a zica) fará a vitória chegar. E ela chega mesmo, incrível. Eu não vou citar nomes, mas que dormida da zaga foi aquela? Gol de pelada, falha patética.

Precisamos criar um departamento de terapia em grupo e apostar em todas as opções disponíveis, das científicas às religiosas: reprogramação mental, neurolinguística, psicanálise, constelação familiar, terapia comportamental, coaching, Santo Daime...

Vale qualquer tipo de culto, crença ou energia positiva para limpar de vez esse encosto que nos persegue como um fantasma alado preto e branco, uma nuvem de fumaça eterna no nosso cangote. Vamos levar os jogadores, comissão e dirigentes para um banho de sal grosso ou uma limpeza espiritual em Machu Picchu. Alguma coisa tem de ser feita!

Nem acho que está tudo perdido, e é notório que a atuação contra os galináceos foi mil vezes melhor do que o vexame no Nordeste contra o Fortaleza. A semana é de reflexão. Fomos do céu ao inferno em dois jogos. Zero ponto em duas partidas e o sinal de alerta ligado – de novo.

Agora, é aproveitar para treinar, catar os cacos e focar apenas no próximo adversário, um confronto direto na parte de baixo contra o Sport, na segunda-feira, em BH. Semana que vem tem mais sessão no nosso divã verde e branco (o preto a gente esquece, por ora, se é que me entende). Saudações americanas!

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