
Então. Um relatório do Banco Central, publicado hoje, mostra que a rentabilidade dos bancos explodiu e os lucros são recordes. Sim. Jamais a banca nacional ganhou tanto dinheiro como em 2021. O retorno sobre o patrimônio atingiu 15%, subindo cerca de 30% em relação ao ano anterior. Já o lucro líquido (somado) atingiu pornográficos 132 bilhões de reais. O principal motivo foi o salto da SELIC, de 2% para 9,25% no ano passado.
Bancos e Estado são sócios indissolúveis e indissociáveis desde sempre nesse Brasilzão de Meu Deus. Funciona assim: os governos gastam muito mais do que nos roubam (e gastam consigo mesmos, com seus custeios imorais). Assim, precisam de dinheiro emprestado (dos bancos) para financiar a farra. E quanto mais devem, maior o risco. Ato contínuo, quanto maior o risco, maior o prêmio (juros). Resultado: 130 bilhas a mais.
Além da crise fiscal eterna, a alegria da banca é feita pelo endividamento estratosférico da população (78% das famílias estão endividadas) e pelos juros acachapantes que cobram, sobretudo dos inadimplentes (mais de 67 milhões de brasileiros). Quanto mais crédito, mais extorsão, mais lucro, mais crédito… o ciclo perverso ideal. Chova ou faça sol, com ou sem covid, com ou sem guerra, além da morte e impostos, os lucros bancários são certos.
Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, vive jactando-se de que, em seu governo, os bancos ganharam dinheiro como ‘nunca antes neste paíff’. Bem, ainda que tenham ganhado oceanos de dinheiro, não é verdade que ‘nunca antes neste paíff’, conforme mostra o relatório do BC. É de Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina, o título de mãezona do ano dos banqueiros. Se o chefão petista foi o pai, é o amigão do Queiroz a mãe dos bancos.
Aliás, Bolsonaro, como Lula, vive mentindo a respeito da relação incestuosa com os magnatas do capital. O patriarca do clã das rachadinhas diz que os banqueiros o detestam, porque seria ele (mentira!!) o inventor do PIX, que teria causado prejuízos enormes aos bancos. Se 132 bilhões de reais são prejuízo, imagino o que seria lucro. E a expectativa, com os recentes aumentos da SELIC (hoje em 13.75%), é de mais festa na Faria Lima.
A dívida pública brasileira supera 6 trilhões de reais e o desgoverno Bolsonaro já estourou o teto de gastos em mais de 210 bilhões de reais. Paulo Guedes começou o governo, prometendo libertar o povo, mas termina o governo, entupindo as burras da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos). O neo-bibelô bolsonarista não difere muito dos 200 milhões de brasileiros, não. Só não é tão trouxa como nós.
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.
