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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

O apoio de Zema a Bolsonaro: Quanto vale uma reeleição

Não me conformo em ver alguém, como Romeu Zema, ligado a um homicida e delinquente moral, como Jair Bolsonaro


06/03/2021 06:00 - atualizado 06/03/2021 09:14

Bolsonaro e Zema estiveram juntos em almoço em Brasília nesta semana(foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)
Bolsonaro e Zema estiveram juntos em almoço em Brasília nesta semana (foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)


Eu compreendo bem os tais cálculos políticos e sei que, na maioria das vezes, infelizmente, em política é preciso “sujar as mãos”. Talvez exatamente por isso neguei todos os inúmeros convites que recebi para me filiar a um partido e disputar eleições. O “jogo é bruto” e o tal do “sistema é foda”. O dia em que - e se - conseguir atingir maturidade e equilíbrio emocionais, eu pensarei com todo carinho a respeito. Até lá, prefiro “atirar pedras” a ser vidraça.

Eleitoralmente falando, Romeu Zema está mais do que certo em se manter ao lado de Bolsonaro. O partido Novo é pequeno, isolado por natureza estatutária e sem a capilaridade necessária para ser considerado orgânico. A vitória em Minas em 2018 foi resultado de uma conjunção de fatores políticos e sociais que raramente se viu; e que, provavelmente, não irá ocorrer tão cedo outra vez. Zema e o Novo precisam de aliados populares de peso, sim.

Em termos de viabilidade financeira, igualmente é acertada a posição política do governador. Se as coisas já vão de mal a pior, contando com a simpatia do Planalto, conhecido por suas práticas vingativas e persecutórias contra desafetos políticos, vide a extinção em massa de leitos de UTI nas federações governadas por opositores, imagine se nos tornarmos alvos da fúria bolsonarista. Minas, jamais nos esqueçamos, foi destruído por Pimentel e o PT.

Se essa coluna se chamasse Opinião Sem Paixão, e não Opinião Sem Medo, provavelmente escreveria aqui neste espaço elogios ao governador Zema pela acertada - sob os pontos de vista elencados acima - proximidade com o governo federal. Mas paixão é o que não me falta nessa vida. Dos amores da família e dos amigos, passando pelo maior de todos, o amor pelo Galo, é que, de forma apaixonada, não concordo e critico nosso simpático Chico Bento.

“Nós temos de enfrentar nossos problemas. Chega de frescura e mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos de enfrentar problemas”. Essa foi uma das falas do verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, essa semana, sobre os 260 mil mortos pela COVID-19. “Vão comprar vacinas na casa da tua mãe”, a resposta para quem pedia por imunização contra o novo coronavírus. E mais: “Se ficarmos em casa e a economia vamos ver depois, já estamos vendo agora”.

Romeu Zema até pode se manter do lado deste homicida asqueroso, mas, na boa, é melhor reforçar o estoque de remédios para enjoo. Salvo, é claro, se nosso governador acreditar nas palavras do pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, pois daí não precisará de Engov ou Omeprazol, mas de boas de doses de cloroquina e ivermectina. Zema: perder uma eleição não é nada, se comparado a ser associado a um traste destes. Saia daí.

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