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Estado de Minas Mina$ em foco

Inflação à mesa abre espaço para mais aperto financeiro em outubro

Dos 20 produtos que mais encareceram em setembro na Grande BH, 12 são alimentos. A batata-inglesa, ingrediente típico do prato feito, comandou as remarcações


01/10/2021 04:00 - atualizado 01/10/2021 07:47

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Variação de preço da batata-inglesa, ingrediente constante e típico do prato dos brasileiros, atingiu 19,97%, enquanto a média geral dos preços subiu 1,12% (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press -6/9/21)
Em uma semana, os técnicos do IBGE concluem as análises do IPCA de setembro e os indicativos, por enquanto, não são de reversão de aumentos em outubro. As despesas com alimentos devem se destacar, de novo, e confirmar o cenário tradicional de alta dos preços no fim de ano. Será como dissipar uma espécie de alívio, embora sem muita convicção, que a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15, deixou.

A desaceleração dos alimentos mostrada pelo instituto, em setembro, nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, representa pouco no dia a dia das famílias. Avaliação mais detalhada do comportamento dos preços mostra o que, de fato, o IPCA-15 pressagia. O ditado da vez é que não existe almoço grátis. Novos aumentos virão.

Na hora de colocar comida à mesa, o recuo de alguns preços não necessariamente significa condição favorável ao bolso. Basta observar o ritmo das carnes de boi, que mesmo diante de queda nas tabelas do varejo continuam inacessíveis, principalmente ao orçamento das famílias de menor poder aquisitivo.

Dos 20 produtos que mais encareceram na prévia do IPCA de setembro na Grande BH, 12 foram alimentos nada triviais. A batata-inglesa, ingrediente constante e típico do prato dos brasileiros, comandou as remarcações, com farto reajuste de 19,97%, enquanto a média geral dos preços subiu 1,12%.

Antes alternativa para a população, o frango alçou voo para o ranking dos principais desafios impostos ao consumidor. O preço do produto variou 4,31% de acordo com o IPCA-15. A banana-prata, fruta popular e preferida no país, também surpreendeu e cravou reajuste de preços de 16,47%, só perdendo fôlego para outra concorrente das mais consumidas, a laranja, no caso a laranja-lima, que ficou 19,58% mais cara na capital e entorno.

Outra variedade campeã de vendas, a laranja-pera também ocupou a lista dos vilões da inflação na Grande BH, com alta de preço de 11,28%. A dupla sempre presente no café da manhã, por sua vez, não quis dar trégua. Diferentemente disso, a prévia do IPCA indicou aumentos de preços de 8,66% do café moído e 11,95% do açúcar cristal.

Os outros itens que sofreram altos reajustes, medidos pelo IPCA, estão concentrados nos gastos com serviços, e são os que ganharam visibilidade na divulgação mais recente do IBGE. As passagens aéreas ocuparam o carro-chefe do ranking, com aumento 24,95% no preço. Etanol, transporte por aplicativo e ônibus interestadual tiveram aumentos de 6,88%, 6,55% e 4,49%, respectivamente.

Desde já, a pesquisa de preços deve ser reforçada, e, da mesma forma, o controle do orçamento. As tentações do último trimestre do ano não são poucas. O IPCA-15 da Região Metropolitana de BH ficou na sexta posição entre os maiores resultados mensais do custo de vida em 11 áreas pesquisadas pelo IBGE. Foi superado apenas por Curitiba (1,58%), Brasília (1,45%), Belém (1,33%), Porto Alegre (1,32%) e São Paulo (1,13%).

Não são poucos os motivos para se precaver e perceber que não há vilões isolados de preços, como o governo tenta apresentar. A Fundação Getulio Vargas divulgou ontem o seu Indicador de Incerteza da Economia (IIE), que descolou 14,3 pontos em setembro, tendo atingido pontuação de 133,9, a maior deste ano, desde março. Além da inflação ascendente, pesaram no resultado do índice a crise política, indefinições ligadas à pandemia de COVID-19 e o cenário dos gastos do governo.

Na composição do IPCA, é poissível perceber como tem sido difícil para as famílias fugirem ou contrablançar os aumentos dos preços. Dos nove grupos de despesas analisados pelo IBGE, sete enfrentaram majoração na Grande BH. Só escaparam comunicação, com redução de 0,22% no preço, e educação, cujos gastos ficam estáveis. Os transportes puxaram as altas, com variação de 2,68%, tendo impactado a inflação em 0,55 pontos percentuais. Alimentação e bebidas ficaram na vice-liderança, apresentando correção de 1,74%.

FORA DE ÓRBITA

A cenoura dirigiu uma locomotiva de ré em setembro, com queda expressiva de preços, de 13,77%, na Grande BH. No movimento impressionante para as donas de casa, foi acompanhada pela taxa de água e esgoto, com redução de preço de 9,46%; brócolis, -7,88%; manga, -6,57% e cebola, -6,26%.

5º COLOCADO

16,47% - Foi a variação de preços do tomate em setembro na Grande BH, de acordo com o IPCA-15

VINHOS da casa

Segundo balanço divulgado pela Epamig, com a adoção da técnica da dupla poda da videira, vinhedos estão consolidados em oito das 12 mesorregiões de Minas Gerias, áreas produtoras em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Chapada Diamantina. A metodologia começou a ser testada no início da década de 2000.
 

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