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Estado de Minas Mina$ em foco

Mais de 5,9 milhões estão inadimplentes em Minas e as falências preocupam

Crise financeira captada em abril pelos indicadores da Serasa reflete taxas recordes de desemprego no país e no estado, e o aperto de renda do consumidor


18/06/2021 04:00 - atualizado 18/06/2021 07:30

Número de pessoas com dívidas vencidas e não quitadas representava em abril 35,7% da população de Minas a partir de 18 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 4/5/21)
Número de pessoas com dívidas vencidas e não quitadas representava em abril 35,7% da população de Minas a partir de 18 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 4/5/21)

Na contramão dos indicadores da economia que têm sido usados nas manifestações frequentes de comemoração dos rumos do país pelos integrantes do governo, apoiados num círculo de grandes empresários de vários setores também satisfeitos, a situação é de aperto financeiro para parcela importante das famílias e das empresas, que se ressentem da crise sanitária e de seus impactos.

Em Minas Gerais, o número de consumidores inadimplentes cresceu em mais de 70,6 mil entre janeiro e abril, depois de ter se mantido em níveis elevados no mesmo período do ano passado.

Estudo mais recente da empresa de serviços de informação e soluções de negócios Serasa Experian mostra que 5.929.747 mineiros estavam inadimplentes em abril último, universo que representa aumento de 70.622 pessoas ante janeiro deste ano, e de 37.598 frente a março. Em abril do ano passado, 6,234 milhões de mineiros tinham dívidas vencidas e não quitadas, maior contingente estimado mês a mês naquele primeiro quadrimestre.

O grupo de 5,929 milhões de inadimplentes no estado em abril significa 35,7% de toda a população adulta de Minas, com idade a partir dos 18 anos. Além do percentual elevado, a taxa resiste após um período de inadimplência expressiva verificado em 2020 no estado, assim como no Brasil. Em dezembro último, as pessoas com contas vencidas e não pagas somavam 5.832.410 em Minas, o correspondente a 35,4% dos adultos.

A Serasa observou que no Brasil houve queda da inadimplência entre abril e dezembro do ano passado. Naquele período, o percentual de inadimplentes medido sobre a população com idade superior a 18 anos caiu de 41,8% (65,9 milhões) para 38,6% (61,4 milhões). O economista da Serasa Luiz Rabi observou que o pico do calote refletiu as dificuldades que os brasileiros tiveram de enfrentar no início da pandemia, as quais se juntaram a incertezas quanto aos efeitos da paralisação de alguns setores mais afetados pelas medidas necessárias de isolamento social para deter a COVID-19.

No entanto, ao fim do ano, as parcelas do auxílio emergencial, os juros baixos e alguma disposição das instituições financeiras de renegociar dívidas de seus clientes levaram famílias inadimplentes a dar prioridade à quitação de débitos. Neste ano, o problema da inadimplência volta a preocupar.

A crise financeira coincide com as taxas recordes de desemprego no país e em Minas Gerais, assim como esbarra no aperto da renda do consumidor. No estado, a taxa de desocupação no primeiro trimestre do ano alcançou 13,8%, só comparável ao começo de 2017, período ainda marcado pela recessão que o país encarou de 2014 a 2016. O desemprego sacrifica quase 1,5 milhão de pessoas no estado, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua referente ao período de janeiro a março último.

Levantamento feito pelo Ipea indicou queda de 2,2% dos rendimentos efetivos dos trabalhadores brasileiros no primeiro trimestre de 2021, sob os impactos da doença respiratória. O recuo tem relação com o enxugamento da massa de salários pagos na economia, em decorrência da grande redução do emprego.

No dia a dia de grande parte das empresas, sobretudo os pequenos e médios empreendimentos, o cenário deste ano não dá sinais da melhora esperada. Segundo dados coletados e avaliados pela Serasa entre janeiro e maio para Minas Gerais, foram requeridas 20 falências e apresentados 17 pedidos de recuperação judicial.

Quando a estatística é comparada aos números somados dos primeiros cinco meses de 2020 – 32 falências requeridas e 39 requerimentos de recuperação judicial apresentados no estado –, a conclusão imediata é de que houve retração. Resta avaliar até que ponto uma economia com alguns indicadores de recuperação pode desconhecer a turbulência financeira que corta o fôlego de empresas pelo segundo ano.

Dança das cadeiras

O número de pequenos negócios em Minas Gerais caiu 9% neste ano, segundo levantamento de dados divulgado em maio pelo Sebrae Minas. Entre pequenas empresas e microemprendedores individuais (MEIs), eram 2 milhões de negócios no estado em dezembro do ano passado e, agora, esse universo é estimado em 1,8 milhão. As microempresas reduziram sua participação no bolo dos pequenos negócios de 34% para 32% e o grupo dos MEIs aumentou de 62% para 63% do total.

Recolocação

Do contingente de 1,5 milhão de pessoas desempregadas em Minas Gerais, 38,2% procuram trabalho há mais de cinco meses, de acordo com estatística do IBGE referente ao primeiro trimestre deste ano analisada pelo Dieese. De janeiro a março de 2020, essa proporção era de 28,3%.

Na expectativa

7,2 milhões - É o número de pessoas que estão fora da força de trabalho em Minas, com base em informações do IBGE/Dieese

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