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No rastro dos queijos artesanais, produção da carne de lata busca valor

Técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária trabalham em portarias referentes à inspeção de produtos de origem animal que unem tradição e hábitos culturais


28/05/2021 04:00 - atualizado 02/06/2021 15:12

Produção de queijos artesanais foi a atividade que inaugurou a emissão do Selo Arte em Minas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 2/5/19)
Produção de queijos artesanais foi a atividade que inaugurou a emissão do Selo Arte em Minas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 2/5/19)

Passo inicial da legislação que confere identidade a produtos de origem animal em Minas Gerais, – assim abrindo caminho para o reconhecimento de sistemas artesanais de fabricação –, técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) trabalham na elaboração e análise de novas portarias referentes à inspeção desses itens, que costumam carregar tradição e fama associada ao sabor. O minucioso trabalho, que cabe ao estado, é requisito do decreto federal que criou o Selo Arte, uma espécie de chancela capaz de atestar não só o modo artesanal como também proporcionar valor a itens típicos, com reflexos no consumo.
 
Os produtores de queijos artesanais de leite cru foram os primeiros a receber o Selo Arte em Minas e continuam a concentrar o distintivo. Neste ano, a vez deve ser, ao menos, a da famosa carne de lata, apreciada desde os tempos das antigas fazendas mineiras, onde não existiam as geladerias. Era a própria gordura que conservava os alimentos. Na preparação, o corte de porco é frito e armazenado na própria banha dentro de uma lata também preparada para receber o alimento. A técnica teria sido aprendida com imigrantes atraídos pelas lavouras no começo do século XIX.
 
Vencendo os desafios da sobrevivência à modernidade, a carne de lata se transformou em negócio em regiões do estado como o Centro-Oeste e a área Central de Minas, e ganhou adeptos em feiras agropecuárias, de gastronomia e turismo. Reforçando a produção de itens tradicionais que reflete hábitos culturais e a história de Minas a, a conquista do Selo Arte permite a abertura de mercados em todo o país e o fortalecimento de comunidades no interior e de uma engrenagem ainda pouco valorizada da economia.
 
O Selo Arte surgiu em 2019, portanto antes da pandemia de COVID-19 e, como várias outras iniciativas afetadas pela crise sanitária, perdeu a velocidade esperada em diversas regiões de Minas na expectativa de ganhar alforria para a comercialização de suas iguarias país afora. A despeito dos efeitos e do avanço da COVID-19, produtores e associações de empreendedores estão mobilizados e demandam regulamentos técnicos do IMA visando se adaptarem e legalizarem a produção para obterem o certificado.
 
Algumas dessas associações têm sido assessoradas pelo Sebrae Minas. Ricardo Boscaro, analista da Unidade de Agronegócio da instituição, diz que a falta de organização dos produtores dificulta a negociação junto aos órgãos reguladores e a adaptação às normas que garantem a identidade na fabricação.  O avanço que as queijarias artesanais de Minas conquistaram, amparadas no fortalecimento coletivo, são exemplo a ser seguido na busca do Selo Arte por outros produtos agroartesanais, que dão sustento a milhares de produtores rurais no estado.
 
“A expectativa é de que o estado tenha maior velocidade na regulamentação desses produtos, levando ao avanço do Selo Arte, inclusive porque o consumidor demanda esses produtos e existe uma necessidade de melhor organização desses negócios no interior”, afirma Boscaro.  Ele destaca, ainda, o papel da regulamentação como atestado da segurança alimentar. Outra característica que interfere na organização dos produtores é a pulverização da oferta de alguns produtos, como é o caso da carne de lata.
 
Têm potencial, também, para buscar o Selo Arte iguarias identificadas com a história e a cultura dos mineiros como a carne do frango caipira, linguiça, salaminho e o presunto cru. São itens que devem tentar seguir o caminho pavimentado pelos produtores de queijo artesanal. Minas tem 13 regiões reconhecidas por essa produção e em duas delas – a Serra da Canastra e o Serro – as queijarias evoluíram para a conquista do selo de Indicação Geográfica (IG) emitido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
 
Os produtores dos queijos artesanais de Alagoa, da Serra da Mantiqueira e do Cerrado mineiro também deverão buscar a valorização por meio do selo de IG. Boscaro lembra que essa certificação reconhece a tradição que envolve o produto e sua forma de fabricação, além da notoriedade na dele região, provocando, em geral, o reposicionamento no mercado consumidor, com melhorias de qualidade e organização da atividade.

Mata Atlântica

Propostas para a consolidação do novo plano de preservação da mata atlântica em Minas Gerais podem ser feitas até  14 de junho, por meio de preenchimento de formulário disponível no site www.ief.mg.gov.br, do Instituto Estadual de Florestas (IEF). O governo estadual abriu a consulta pública na terça-feira para atualização do programa. O texto completo está na página eletrônica do IEF.
 

Estrelato


12 é o número de Indicações Geográficas de produtos de Minas Gerais. O café é o carro-chefe, com 4 Igs





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