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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Nova crise com saída de Moro complica reação da economia em Minas

Para o estado, recuperação tende a ser mais difícil, devido à dependência do café e do minério, riquezas que estão sofrendo com a crise do novo coronavírus e a retração da economia mundial


postado em 25/04/2020 06:00 / atualizado em 25/04/2020 09:34

De frente para o coronavírus, indústrias do café e da mineração têm preocupações de sobra com demanda mundial e preços(foto: Gustavo Baxter/Nitro-6)
De frente para o coronavírus, indústrias do café e da mineração têm preocupações de sobra com demanda mundial e preços (foto: Gustavo Baxter/Nitro-6)
 
As chances de recuperação da economia escorreram um pouco mais pelo ralo, diante da nova crise política aberta pelas justificativas que o ex-ministro Sergio Moro apresentou ao deixar o cargo e as consequências das acusações que fez ao presidente Jair Bolsonaro. Nem mesmo o núcleo de grandes empresários que apoiam o Planalto estão mais satisfeitos com o chefe da Nação que ajudaram a eleger. Para Minas Gerais, a reação tende a ser mais difícil, devido à dependência de riquezas que estão sofrendo com a crise do novo coronavírus e a retração da economia mundial, e são também impactadas por turbilhão político: o minério de ferro e o café.
 
A produção mineral brasileira, que tem o estado como carro-chefe, caiu 17,67% em volume de janeiro a março, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração. Como peças de um quebra-cabeça ainda por ser decifrado pela indústria do café de Minas Gerais, os indicadores mais recentes da produção às vendas dessa riqueza determinante para o crescimento do estado só fizeram aumentar a expectativa sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus. As exportações do grão caíram 42,6% na média nacional de 1º. ao dia 20 deste mês, frente a março, segundo balanço do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
 
A despeito de os preços do café arábica (a grande oferta de Minas) terem mostrado decréscimo ligeiro de 0,17% na bolsa de Nova York, na semana passada, há más notícias no comércio internacional debitadas aos estragos provocados pela doença respiratória. Relatório que acaba de ser publicado pela Green Coffee Association (GCA) mostrou que os estoques de café mantidos nos armazéns dos Estados Unidos – um dos maiores compradores do produto mineiro – consistem no menor volume dos últimos quatros anos. Chegavam a 6,023 milhões de sacas em 31 de março.
 
O Cecafé apurou embarques totais neste mês, até dia 20, de 654.824 sacas de 60 kg de cafés arábica, conilon e solúvel, frente às exportações de 1,140 milhão de sacas no mesmo período de março passado. A estimativa da Organização Internacional do Café (OIT) é de que deixarão de consumidos 1,6 milhão de sacas de café a cada ponto percentual a menor da expansão da economia mundial.
 
No contrapeso, a valorização do dólar sobre o real ajudou os exportadores e os momentos de alta do café arábica em Nova York foram aproveitados para elevar vendas e garantir contratos futuros. Em razão desses dois fatores, a semana passada encerrou positiva para o mercado de café, como observou em seu relatório o analista de mercado da Conab Djalma Fernandes de Aquino. Com maior liquidez, a saca do café arábica foi negociada a R$ 585,07, ante R$ 582,50 no período de 6 a 10 deste mês.

Também na linha dos bons indicadores, a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) anunciou aumento de 35% do consumo de café em março, atribuído ao impacto do isolamento social para conter a propagaTção da COVID-19. O problema é que certamente essa estatística tem um conteúdo transitório. Quem seria capaz de sustentar hoje que esse avanço terá fôlego?
 
Para evitar o risco dos apressados, aqueles que “comem cru e quente”, como diz o ditado popular, melhore é aguardar mais um pouco antes de retirar conclusões num mercado, como o de outras commodities, muito afetado pela flutuações das cotações no mercado internacional. Os cafeicultores já têm preocupações de sobra neste momento, de início da colheita da safra 2020. Para Minas, o resultado das vendas será vital, diante do novo coronavírus.
 
O café representa cerca de 40% do PIB da agricultura de Minas Gerais e as exportações do grão participaram com 18% de toda a receita apurada pelo estado no mercado internacional de janeiro a março. Os embarques dessa estrela da atividade econômica no estado corresponderam a US$ 912 milhões no primeiro trimestre, de um total estimado em US$ 5,207 bilhões do faturamento com toda a venda ao exterior. Houve queda de 7,76% do valor auferido pela cafeicultura e de 13,4% da soma estadual ante o mesmo período de 2019.

Campeão

Os destinos dos cafés especiais de Minas, em 2019, foram EUA, Alemanha, Japão, Itália, Bélgica, Canadá, Reino Unido, Suécia, Finlândia e Espanha, segundo o Anuário do Café 2020, editado pela Revista Campo & Negócios. A saca de 60 quilos foi vendida por até R$ 800.

Desconfiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Fiemg, desceu de 60,2 pontos em março para 33,4 pontos neste mês. A retração de 26,8 pontos no período foi a maior registrada na série histórica mensal do indicador, devido aos riscos da COVID-19.

Socorro


R$ 5,71 bilhões - foi o a quantia pedida pelo Conselho Nacional do Café relativa ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2020/2021

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