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Estado de Minas Bra$il em foco

Brasil faz opção por tecnologia de ponta, mas falta mão de obra

Em 2019, dos 295,6 mil trabalhadores empregados no setor de telecomunicações, 7,9% eram da área de TIC, percentual que subiu para 8,4% dos 331.


23/06/2023 04:00
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Jovens na Campus Party, feira de tecnologia. Profissionais de TI vão ser cada vez mais requisitados no setor de telecomunicações
Jovens na Campus Party, feira de tecnologia. Profissionais de TI vão ser cada vez mais requisitados no setor de telecomunicações (foto: Evylin Guede/Campus Party - 24/714)

Na opção pela instalação da rede de telefonia móvel de quinta geração, a 5G, o Brasil optou pelo modelo de redes standalone, que exige a instalação de novos equipamentos e representa modernização da infraestrutura. Ou seja, optou por adotar o que há de mais moderno em termos de redes de quinta geração. A rede, por ser desconectada da infraestrutura do 4G, permite ainda estruturas exclusivas para clientes corporativos e públicos. Mas se tem o mais moderno em termos tecnológicos, o Brasil ainda lida com problemas arcaicos com relação às novas tecnologias, sendo que o principal deles é a ausência de capacidade de formar profissionais especializados para atender à demanda dos setores de tecnologia da informação e de telecomunicações e ainda às indústrias que incorporam cada vez mais processos de TI e telecomunicações em suas linhas. Todo esse conjunto demandará um novo perfil de profissionais, além de um volume maior de trabalhadores.

No ano passado, os setores de tecnologia da informação e comunicação (TIC), tecnologia digital nas empresas (TI in House) e telecomunicações (telecom) empregaram 331.157 trabalhadores, com 35,7% deles de nível técnico, 8,4% profissionais de TI e 8,3% de profissionais de telecom. Administrativos são 15% e empregados de vendas e marketing são 12,4%, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). O estudo, divulgado esta semana, mostra ainda que os profissionais de TIC recebem em média R$ 4.389 de salário, o que representa 2,3 vezes mais do que o valor médio dos trabalhadores brasileiros ao fim de 2022, de R$ 1.920. O valor é maior também do que os R$ 3.241 recebidos em média pelos empregados da área de telecomunicações.

“O que a gente tem visto é uma necessidade cada vez maior de profissionais de TIC dentro do setor de telecom e essa tendência vai aumentar e o Brasil tem um déficit, uma dificuldade de formar pessoas com esse perfil, com essa qualificação em TI, na velocidade da demanda que existe hoje”, afirma Affonso Nina, presidente da Brasscom. Ele lembra que em 2019, dos 295,6 mil trabalhadores empregados no setor de telecomunicações, 7,9% eram da área de TIC, percentual que subiu para 8,4% dos 331.158 empregados no ano passado. A projeção é que esse percentual passe de 10% em 2025, quando o setor deve empregar 365.789. Em números absolutos, o salto nos postos de trabalho em TIC na área de telecomunicações será de 23,35 mil em 2019 para 36,94 mil, ou 13,95 mil trabalhadores a mais.

Dos 34,6 mil empregos que devem ser gerados no setor de telecomunicações entre 2022 e 2025, pelo menos 8.942, ou 25,8% do total serão de profissionais de TI. O percentual fica próximo do que será demandado pelo setor em relação aos profissionais específicos de telecomunicações (infraestrutura e técnico), que serão 10.364 ou 29,9% do total. “Esse é um crescimento que já vinha acontecendo e está acelerando um pouco mais daqui para frente”, avalia Affonso Nina ao citar outro estudo feito pela Brasscom com a demanda de talentos em TIC, que mostra a estimativa de demanda de 541 mil profissionais, sendo 390 mil (profissionais de softwares e serviços de TI), que correspondem a 73,1% e outros 15i mil requisitados para atender à demanda das empresas e governos por TI, equivalentes a 27,9%.

Com a demanda por profissionais sem ser plenamente atendida no setor de TIC, o crescimento da necessidade de profissionais de TI no setor de telecomunicações aumenta a pressão sobre a formação e qualificação de trabalhadores, sinalizando para um gargalo ainda maior no futuro. Ao lembrar que são mais de 500 mil pessoas, o presidente da Brasscom ressalta que esse é um volume alto de profissionais necessários com o perfil de TI. “Então isso é um potencial problema para o setor de telecomunicações também. E isso vai ficar cada vez mais forte”, afirma Affonso Nina. “Esse perfil vai ser mais demandado em telecom e pode ser que como tem sido no setor de TIC, muitas vezes um freio de mão puxado para o desenvolvimento de novas oportunidades e crescimento”, acrescenta.

Fisco

R$ 11,4 bilhões foi o valor arrecadado pela Receita Federal em Minas Gerais no mês passado. O valor representa crescimento de 12,93% sobre 2022

Conforto

Com a previsão de chegar ao fim deste mês com uma rede de 283 franquias, a Usaflex aposta na ABF Franchising Expo 2023, que acontece na semana que vem, para atingir a meta de chegar a 350 lojas até o fim deste ano, concentrando investimentos no Sul e Sudeste. Líder no segmento de calçados confortáveis, a empresa espera elevar seu faturamento anual de R$ 520 milhões para R$ 650 milhões, aumento de 25%.

Estocado

Com a queda nas cotações e nos prêmios de exportação, as vendas de soja para outros países caíram a partir de março e a tendência é de que os produtores optem por manter os grãos estocados à espera de preços melhores. Essa é a análise do Boletim Logístico da Conab. “O crescimento recente do volume exportado – 15,59 milhões de toneladas em maio – refere-se às vendas antecipadas e à preparação para nova safra.
 



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