E as previsões otimistas ocorrem mesmo diante da estagnação da economia brasileira. Impulsionado pelo segmento de devices (dispositivos), a tecnologia da informação (TI) deve ter crescimento de 10,6%, enquanto o setor de telecomunicações tende a registrar expansão de 4%., sendo que no segmento de TI Enterprise (grandes corporações) o avanço deve ser de 8,9%.
As previsões otimistas, que contrastam com a perspectiva de Produto Interno Bruto (PIB) próximo de zero este ano, fazem parte da edição 2022 do estudo IDC Predictions Brazil que anualmente antecipa as tendências e movimentos desses segmentos.
“As expectativas de crescimento do mercado brasileiro de TIC em 2022 são as maiores dos últimos oito anos, mesmo diante de um cenário de crescimento econômico moderado na América Latina e em um período de eleições no nosso país”, diz Denis Arcieri, diretor-geral do IDC no Brasil. Em relação aos dispositivos, embora no mundo exista uma normalização no fornecimento de chips, o Brasil ainda sentirá os efeitos da falta de produtos.
Segundo o IDC, outro setor de que deve ter destaque, este ano, é o que está relacionado à segurança. Com a perspectiva de continuidade dos ciberataques, as empresas pretendem dar atenção aos serviços de detecção e resposta gerenciados dos ataques e vão intensificar a busca por profissionais qualificados para dar suporte. Para 40% das empresas ouvidas pelo IDC no Brasil a falta de especialistas é um fator crítico. Já 57% querem contar com ajuda externa.
O Brasil será líder na América Latina na tecnologia que vai impulsionar o uso da inteligência artificial, de computação na nuvem, de sistemas de segurança e da internet das coisas (IoT).
O destaque do setor fica mesmo para o fato de os negócios registarem crescimento no ano em que o mercado prevê avanço de apenas 0,29% para a economia, principalmente com relação ao incremento no volume de unidades ou serviços.